
Foto: MPMG
O Tribunal do Júri de Governador Valadares, na região do Vale do Rio Doce, condenou pai e filho a penas de 35 e 30 anos de prisão, respectivamente. Eles responderam pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado. O julgamento aconteceu na quinta-feira (27 de junho) e durou quase 15 horas. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a briga que motivou o crime envolveu a venda de um galo.
Jurados rejeitaram as defesas apresentadas
Durante o julgamento, os jurados reconheceram que ambos os réus participaram dos crimes. Além disso, descartaram as alegações da defesa, que tentava provar legítima defesa, desistência voluntária e homicídio privilegiado. O Conselho de Sentença também reconheceu as qualificadoras de motivo fútil e o uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas.
A defesa admitiu que o pai efetuou os disparos, porém negou o envolvimento do filho. Entretanto, o Ministério Público mostrou provas claras de que o filho colaborou durante o crime, inclusive indicando uma das vítimas para o atirador. Por isso, os jurados acolheram essa versão.
Crime aconteceu em maio de 2023
Os fatos ocorreram em 14 de maio de 2023, no bairro Vale Pastoril. De acordo com a denúncia, os condenados, acompanhados por outros três homens não identificados, foram até o bar de uma das vítimas para cobrar a venda de um galo. Após uma discussão, o pai sacou um revólver e atirou contra José Carlos Alves de Oliveira, atingindo sua mandíbula.
Jackson Fernando dos Santos Alves, filho de José Carlos, tentou defender o pai e se aproximou do local. Porém, o filho do atirador o identificou e atirou contra ele na região abdominal. Jackson não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar ao hospital.
Penas começaram a ser cumpridas imediatamente
O Ministério Público pediu a execução imediata das penas, e a Justiça atendeu ao pedido. Ambos os condenados permaneceram presos e não podem recorrer em liberdade. A decisão considerou a gravidade dos crimes e a necessidade de garantir a ordem pública.
O promotor Mateus Netto Coelho destacou que os jurados analisaram as provas com rigor e não aceitaram versões frágeis. Segundo ele, a família sofreu muito, com uma perda irreparável e sequelas permanentes para o pai.
Atualmente, os dois cumprem suas penas no sistema prisional estadual.
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