Foto: João Gabriel
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) liberou o leilão de quatro usinas hidrelétricas da Cemig, ao derrubar uma liminar que havia suspendido o edital. A decisão, assinada pelo presidente da Corte, desembargador Luiz Carlos de Azevedo Correa Júnior, atendeu a um pedido do Governo de Minas e vale até o fim do processo judicial.
A liminar impedia os efeitos do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024. Com a nova decisão, o Estado retoma o controle sobre o processo de desinvestimento das usinas Machado Mineiro, Sinceridade, Martins e Marmelos.
Segundo a Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais (AGE-MG), a suspensão colocava em risco a gestão da Cemig. Além disso, poderia gerar prejuízos financeiros e comprometer a economia pública. O advogado-geral do Estado, Sérgio Pessoa de Paula Castro, destacou que o leilão seguiu critérios legais e que sua interrupção ameaçava a ordem administrativa.
A Cemig afirmou que a venda das pequenas usinas passou por análise técnica e econômico-financeira rigorosa. Conforme o planejamento estratégico da empresa, os recursos obtidos serão aplicados em projetos mais eficientes e alinhados com a transição energética.
Como exemplo, a companhia citou as usinas solares de Boa Esperança e Jusante. Juntas, elas terão capacidade instalada superior a 150 megawatts — três vezes mais que as usinas leiloadas.
A Cemig ressaltou ainda que está realizando o maior plano de investimentos da sua história. Até 2028, serão aplicados R$ 50 bilhões. Esse valor viabilizará a entrega de 200 novas subestações, o que representa um crescimento de 50% em relação à estrutura construída nos últimos 70 anos.
Por fim, a empresa reafirmou o compromisso com a modernização da matriz energética e com o foco no atendimento ao cliente.