O ex-prefeito de Ewbank da Câmara, Mauro Luiz Martins Mendes, foi condenado a oito anos de prisão pelo crime de corrupção ativa, previsto no artigo 333 do Código Penal.
A sentença foi proferida pela 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Santos Dumont e também determinou o pagamento de 222 dias-multa. Apesar da condenação, Mauro poderá recorrer em liberdade.
Conforme a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o caso aconteceu em 5 de novembro de 2013, quando Mauro, ainda como prefeito, teria oferecido vantagem indevida ao então vereador José Jorge Ferreira.
O objetivo era influenciar o parlamentar a votar favoravelmente ao Projeto de Lei Complementar 007/2013, popularmente chamado de “cabide de empregos” por sua relação com possíveis nomeações políticas.
Durante uma reunião realizada no gabinete do prefeito, Mauro teria sugerido a doação de um lote para a sogra do vereador como forma de garantir o voto.
No entanto, José Jorge recusou a oferta e denunciou o episódio ao MPMG, apresentando uma gravação da conversa como prova.
A defesa de Mauro tentou invalidar a gravação, argumentando que se tratava de uma prova obtida de maneira ilícita, mas o pedido foi rejeitado pela Justiça. A condenação estabelece pena em regime semiaberto, mas permite que o réu permaneça em liberdade enquanto recorre da decisão.