A Money Fácil, uma financeira localizada em Juiz de Fora, foi interditada nesta quarta-feira (4 de dezembro) pela Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), vinculada à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF).
A decisão foi tomada após a constatação de diversas irregularidades, incluindo a ausência de informações essenciais em suas ofertas e a inexistência de licença para funcionamento.
Com o apoio de fiscais da Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (Sesmaur), a fiscalização identificou que a empresa não apresentava taxas de juros, valores totais de financiamentos, prazos de validade de ofertas ou orientações sobre riscos e consequências da inadimplência, violando o Código de Defesa do Consumidor.
Além disso, a Money Fácil também não possuía a autorização exigida pelo Banco Central do Brasil para atuar no setor financeiro.
Os documentos relacionados ao caso foram encaminhados à 5ª Promotoria Criminal de Justiça de Juiz de Fora, que avaliará possíveis crimes contra a economia popular. Enquanto isso, a financeira terá 20 dias para se posicionar formalmente perante o Procon.
Segundo Guilherme Giovanoni, gerente do Departamento de Apuração de Práticas Infrativas (DAPI), a situação ressalta a gravidade de práticas de crédito irresponsável.
Ele alertou que essas ações contribuem diretamente para o superendividamento da população, comprometendo direitos fundamentais. “É nosso dever combater e prevenir essas práticas que afetam não só a dignidade das pessoas, mas também a saúde pública e a estabilidade econômica”, destacou.