Megaoperação de combate ao Terceiro Comando Puro mobiliza quase 200 agentes e cumpre 106 mandados em sete estados

Na manhã desta quarta-feira (27 de novembro), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), deflagrou uma operação de grandes proporções contra a organização criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). A ação, que abrangeu sete estados brasileiros, teve como foco principal a desarticulação de atividades criminosas relacionadas ao tráfico de drogas, porte ilegal de armas e lavagem de capitais.

Mandados e bloqueio de bens

No total, foram cumpridos 106 mandados judiciais, incluindo prisões, buscas e apreensões pessoais e domiciliares. Além disso, ordens de sequestro de bens, veículos e valores foram executadas, resultando no bloqueio de cerca de R$ 345 milhões em patrimônio relacionado aos investigados. As operações ocorreram em cidades de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Dois anos de investigações

As investigações, conduzidas ao longo de dois anos, revelaram o funcionamento do TCP a partir da região do Cabana do Pai Tomás, em Belo Horizonte. A organização criminosa atuava não apenas na capital mineira, mas também em outras regiões do estado. Suas atividades incluíam tráfico de drogas, porte ilegal de armas e uma complexa rede de lavagem de dinheiro que envolvia pessoas físicas e jurídicas em vários estados brasileiros.

Os integrantes da organização também desempenhavam funções que iam além do crime, como fornecimento de sinal de internet, assistência social e apoio jurídico, com o objetivo de consolidar seu controle e influência nas comunidades onde atuavam.

Apoio interestadual

A operação contou com o apoio de diversas instituições, incluindo delegacias especializadas da PCMG, batalhões da PMMG, a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, e Gaecos de Ministérios Públicos de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Participaram da ação nove promotores de Justiça, três delegados da PCMG, 100 policiais civis, 80 policiais militares, dois policiais penais, servidores administrativos, além de cães farejadores e helicópteros.