O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recorreu para aumentar a pena de uma mulher condenada pela morte do marido em 2022.
A ré, de 42 anos, formada em direito e técnica em enfermagem, foi sentenciada a 21 anos de prisão, após julgamento ocorrido nesta quinta-feira (7 de novembro), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a investigação, a mulher e um homem de 38 anos, que será julgado em dezembro, cometeram o crime com o objetivo de obter dinheiro da vítima. No dia 30 de junho de 2022, eles imobilizaram o marido da acusada usando fios de cobre para amarrá-lo.
Em seguida, o casal jogou combustível sobre ele e ateou fogo, o que causou sua morte, conforme detalhado no relatório de necropsia.
Promotores de Justiça envolvidos no caso destacaram a crueldade do crime, cometido com asfixia e o uso de fogo, tornando impossível a defesa da vítima. O Conselho de Sentença, formado por sete jurados, foi unânime em reconhecer que o homicídio foi doloso, qualificado e consumado.
A condenada permanecerá presa em regime fechado, sem possibilidade de substituição da pena por outras medidas restritivas. Apesar da sentença, o MPMG argumenta que a pena imposta deveria ser ainda mais severa.