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Minas Gerais registrou a primeira morte suspeita de intoxicação por metanol, conforme atualização do Ministério da Saúde na noite de sexta-feira (10 de outubro). O caso aconteceu em Ipatinga.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou, por meio do Cievs-Minas, que a vítima é um homem de 26 anos. Além disso, as amostras foram enviadas ao Instituto Médico Legal (IML) para investigação.
O paciente chegou à Unidade de Pronto Atendimento na quarta-feira (8) com sintomas graves. O quadro evoluiu rapidamente, e o óbito ocorreu na madrugada de quinta-feira (9). Enquanto isso, a SES-MG acompanha outro caso suspeito em Ipatinga. Por outro lado, possíveis registros em Belo Horizonte e Poços de Caldas foram descartados.
Até o momento, o país contabiliza 246 notificações de intoxicação por metanol. Destas, 29 foram confirmadas, enquanto 217 permanecem em investigação. São Paulo lidera com 25 casos confirmados, seguido pelo Paraná (3) e Rio Grande do Sul (1). Em relação aos óbitos, cinco ocorreram em São Paulo, e 12 permanecem em investigação, incluindo o caso de Minas Gerais.
Sintomas da intoxicação por metanol
A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) alerta que os sintomas iniciais lembram uma ressaca. Inicialmente, a pessoa sente euforia e embriaguez. Em seguida, surge um período sem sinais, que dura de 12 a 24 horas, podendo chegar a 90 horas.
Depois, aparecem dor de cabeça, enjoo, falta de apetite, vômitos e dor abdominal. Além disso, a intoxicação pode evoluir para tontura, confusão mental, convulsões e perda de coordenação motora. Também são comuns problemas de visão, incluindo borramento ou cegueira. O metanol se transforma em formaldeído e ácido fórmico, que aumentam a acidez no sangue e podem causar falência de órgãos.
Quando procurar atendimento médico
A SES-MG orienta que qualquer pessoa com sintomas suspeitos busque atendimento imediatamente. Além disso, é fundamental comunicar o caso ao CIATox/MG, que fornece orientações clínicas e notifica o Cievs-Minas.
O tratamento exige urgência e combina correção da acidose com bicarbonato de sódio, bloqueio da ação do metanol com etanol e, em casos graves, hemodiálise. O ácido fólico também pode ajudar na eliminação das toxinas. Por isso, a secretaria reforça que evitar bebidas de origem duvidosa reduz significativamente os riscos. Caso os sintomas apareçam entre 6 e 72 horas após o consumo, procure atendimento médico rapidamente.