Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil
A Polícia Civil do Rio de Janeiro frustrou um ataque com explosivos que seria realizado durante o show da cantora Lady Gaga, ocorrido no sábado (3 de maio), na Praia de Copacabana. O evento reuniu aproximadamente 2,1 milhões de pessoas. O responsável pelo plano acabou preso no Rio Grande do Sul, antes de conseguir executar a ação.
Grupo pretendia transmitir ataque ao vivo no show da Lady Gaga
As investigações mostraram que o grupo articulava os ataques por meio da internet. Eles buscavam recrutar adolescentes e incentivavam o uso de explosivos improvisados, como coquetéis molotov. Além disso, pretendiam transmitir a ação criminosa ao vivo nas redes sociais. O principal foco eram crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.
Durante a operação, os policiais prenderam um homem no Rio Grande do Sul, portando uma arma de fogo ilegal. Já no Rio, os agentes apreenderam um adolescente por armazenar pornografia infantil.
Operação envolveu quatro estados e agiu com rapidez
Batizada de Fake Monster, a operação contou com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Além das equipes do Rio, policiais civis de São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso participaram das diligências. Ao todo, as autoridades cumpriram 15 mandados de busca e apreensão em dez cidades.
Como resultado, os policiais recolheram dispositivos eletrônicos e materiais que estão sob análise. A ação foi conduzida de forma discreta, o que evitou alarde entre o público e impediu qualquer tumulto no evento.
Criminosos promoviam radicalização digital
Segundo as autoridades, o grupo disseminava discursos de ódio e estimulava práticas criminosas como pedofilia, automutilação e ataques violentos. Os integrantes chamavam os crimes de “desafios coletivos” e buscavam visibilidade nas redes sociais. Além disso, influenciavam adolescentes, incentivando sua participação para criar um senso de pertencimento.
Polícia também reprimiu quadrilha de furtos no show da Lady Gaga
Enquanto a operação impedia o atentado, outra equipe da Polícia Civil prendeu 16 integrantes de uma quadrilha especializada em roubo e revenda de celulares. O grupo havia se organizado previamente para agir durante o show de Lady Gaga.
Entre os detidos, quatro lideravam a organização criminosa. Eles coordenavam a distribuição dos aparelhos furtados e comercializavam cursos online para desbloqueio de celulares. A investigação revelou que o grupo operava um escritório equipado com ferramentas tecnológicas sofisticadas.
Durante a ação, os policiais recuperaram cerca de 200 celulares, seis notebooks, máquinas de cartão e diversas peças de aparelhos desmontados.
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