Foto: Agência Brasil
A indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou um crescimento expressivo no início de 2025. De acordo com a Abimaq, o setor faturou R$ 67,5 bilhões de janeiro a março, um avanço de 15,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita com vendas internas totalizou R$ 51,6 bilhões, alta de 18% na mesma comparação. Para a entidade, os dados confirmam um cenário positivo no primeiro semestre. Contudo, o setor observa sinais de alerta para a segunda metade do ano.
“O ambiente macroeconômico mais restritivo e os efeitos do aperto monetário podem dificultar os resultados do segundo semestre”, alertou a Abimaq em nota.
Exportações caem, mas China ganha destaque
Apesar do crescimento no mercado doméstico, as exportações da indústria de máquinas somaram US$ 2,7 bilhões no trimestre, recuo de 5,8% frente ao mesmo período de 2024.
A queda foi puxada pela América do Norte. Os Estados Unidos reduziram suas compras em 30,2%; o México, em 30%; e o Canadá, em 27,2%. Em contrapartida, as vendas cresceram na América do Sul (12,9%) e na Europa (16,1%).
Entre os destaques, a Argentina registrou aumento de 59,3% nas compras, impulsionada pela demanda por máquinas agrícolas e de construção civil.
A China também surpreendeu. As exportações brasileiras para o país asiático cresceram 203,1%, fazendo com que o país se tornasse o sexto principal destino das vendas do setor, com 3,1% de participação, contra apenas 1% no ano anterior.
Importações de indústria sobem e China lidera
As importações de máquinas e equipamentos atingiram US$ 7,8 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 12,9% ante 2024. Nesse cenário, a China ampliou sua participação para 34% e superou fornecedores tradicionais como os EUA e a Alemanha.
“Esse reposicionamento evidencia a consolidação da China como principal fornecedor global, com influência direta na estrutura do setor de bens de capital”, destacou a Abimaq sobre a economia.