O governo federal encaminhou nesta terça-feira (15 de abril) ao Congresso Nacional o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2026. Entre os principais pontos do documento está a proposta de reajuste do salário mínimo. De acordo com o texto, o piso nacional pode subir de R$ 1.518 para R$ 1.630 no próximo ano.
Isso representa um aumento de R$ 112, o que equivale a uma alta de 7,4%. O cálculo considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), somado a um crescimento real de 2,5% da economia. Essa política de valorização já vem sendo adotada pela atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O que é a LDO?
A Lei de Diretrizes Orçamentárias serve como base para a criação do Orçamento da União. Ela orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) e define as metas fiscais do governo. Além disso, estabelece parâmetros como inflação, crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e taxa básica de juros (Selic).
Outro ponto importante da LDO é a autorização para aumento de gastos com pessoal. Isso inclui salários de servidores ativos, aposentados e pensionistas. A proposta do salário mínimo também é inserida nesse documento, sendo uma referência para os valores pagos em benefícios sociais.
Reajuste afeta milhões de brasileiros
O aumento do salário mínimo não impacta apenas quem recebe o piso nacional. Ele também altera valores de programas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e pagamentos do INSS. Dessa forma, o reajuste influencia diretamente a renda de milhões de pessoas.
Além disso, a valorização do salário mínimo pode estimular a economia. Com mais dinheiro em circulação, há aumento no consumo, o que beneficia o comércio e os serviços. No entanto, a proposta ainda precisa ser aprovada pelos parlamentares para entrar em vigor.
A expectativa é que o Congresso analise a LDO ao longo do ano, dentro do calendário orçamentário previsto pela Constituição.