Foto: Divulgação / MPMG
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) prendeu, nesta segunda-feira (14 de abril), um policial penal que atuava no Presídio de Rio Pomba. A ação integra a 3ª fase da operação Game Over, que apura crimes cometidos dentro do sistema prisional da Zona da Mata.
Conforme o MPMG, o agente cometeu ao menos oito crimes de corrupção passiva. Ele solicitava e recebia propina para repassar informações internas da Polícia Penal, de outros órgãos de segurança pública e sobre o andamento de penas privativas de liberdade.
Além da prisão preventiva, o Ministério Público também pediu a perda do cargo do servidor. Outro pedido foi a condenação ao pagamento de R$ 10 mil por dano moral coletivo.
A investigação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), unidade de Visconde do Rio Branco. O foco é desarticular esquemas de corrupção, concussão e tráfico de drogas dentro de presídios.
Operação já revelou esquema com drogas e celulares
Desde a 1ª fase, deflagrada em 17 de fevereiro, o Gaeco atua em conjunto com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a Polícia Militar e a Polícia Penal. Na ocasião, as equipes cumpriram mandados de prisão e busca nos municípios de Juiz de Fora e Rio Pomba.
As investigações apontam a existência de um grupo criminoso. Segundo os órgãos, o esquema envolvia agentes públicos, detentos e terceiros ainda não identificados. O grupo facilitava a entrada de drogas e celulares nas unidades prisionais da Zona da Mata. Em troca, recebia propina e outros favores ilícitos.
Dessa forma, o MPMG segue aprofundando as apurações. A operação já revelou conexões entre servidores e presos em diferentes cidades da região.