Foto: Polícia Civil
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, nesta segunda-feira (24 de março), uma mulher de 37 anos suspeita de fraudar investidores. A investigação aponta um prejuízo de R$ 3,867 milhões e identificou 11 vítimas até o momento.
Os agentes começaram a apurar o caso em maio de 2024. Segundo a polícia, a suspeita usava sua experiência no mercado financeiro para atrair clientes. Ela prometia lucros acima da média e conquistava investidores por meio de indicações. Embora fosse cadastrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como assessora de investimentos, seu clube de investimentos não possuía registro, o que tornava sua operação ilegal.
As vítimas relataram que transferiram dinheiro para a suspeita, mas não receberam os rendimentos prometidos. O delegado Rafael Alexandre de Faria explicou que a mulher parou repentinamente de pagar os investidores, excluiu suas redes sociais e fechou o escritório onde atendia.
Esquema pode ser pirâmide financeira
A polícia suspeita que o esquema funcionava como uma pirâmide financeira. Nesse tipo de fraude, os pagamentos aos primeiros investidores dependem do dinheiro de novos participantes, até que a estrutura colapse. Além disso, a investigação aponta que familiares da suspeita podem ter ajudado a ocultar valores obtidos ilegalmente.
Entre junho de 2022 e abril de 2024, a suspeita movimentou mais de R$ 12 milhões em transações suspeitas. No entanto, a polícia ainda trabalha para determinar o prejuízo total.
Medidas judiciais e defesa da suspeita
A Justiça decretou a prisão preventiva da investigada e autorizou a quebra de sigilo bancário dela e de seus familiares. Além disso, bloqueou R$ 3,8 milhões em contas ligadas ao caso e determinou a busca e apreensão em endereços associados ao esquema.
A suspeita, acompanhada por seu advogado, negou as acusações. Segundo ela, todo o dinheiro recebido foi perdido em operações de “Day Trade”.
A PCMG segue com as investigações e pede que outras possíveis vítimas procurem o Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes, em Belo Horizonte.