Foto: Agência de Minas
Nos dias 18 e 19 de março, Belo Horizonte recebe o VII Workshop para o Controle da Tuberculose em Minas Gerais. O evento, promovido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), reúne especialistas e profissionais da saúde para discutir estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença.
A superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES-MG, Aline Lara Cavalcante, destaca a importância do encontro, principalmente diante dos desafios no enfrentamento à tuberculose. “Em 2024, Minas Gerais registrou 5.522 casos da doença e 356 óbitos. Até 10 de março deste ano, já foram contabilizados 596 casos e oito óbitos. Portanto, esses números demonstram a necessidade de intensificarmos nossas ações”, pontuou.
Durante a abertura do workshop, a diretora de Vigilância de Condições Crônicas da SES-MG, Maíra Veloso, ressaltou que a troca de experiências e a capacitação contínua são essenciais para avançar no combate à doença. “Nossa expectativa é construir estratégias mais inovadoras e, além disso, garantir mais eficiência no controle da tuberculose no estado”, afirmou.
Além disso, o evento também destaca os avanços obtidos em 2024. Segundo Kennedy Crepalde, coordenador estadual de Tuberculose, Minas Gerais realizou 15 capacitações no último ano, formando 462 profissionais. Da mesma forma, foram promovidas dez reuniões do Comitê Mineiro para o Controle da Tuberculose. “Para 2025, nosso compromisso é fortalecer essas estratégias e ampliar o diálogo, a fim de buscar novas abordagens para um enfrentamento ainda mais eficaz”, ressaltou.
Discussões e Inovações
A programação do workshop inclui debates sobre o panorama epidemiológico da tuberculose no Brasil e em Minas Gerais. Além disso, especialistas analisam os desafios para o controle da doença. No primeiro dia, os participantes discutem temas como estigma e discriminação, bem como apresentam experiências bem-sucedidas no combate à tuberculose.
No segundo dia, por outro lado, as discussões abordam inovações tecnológicas aplicadas ao tratamento e prevenção, além da relação entre tuberculose e diabetes e das infecções emergentes por micobactérias não tuberculosas.
Para Kleydson Andrade, consultor nacional de tuberculose e hanseníase da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o compartilhamento de experiências é fundamental para fortalecer as ações de controle. “O intercâmbio de conhecimentos contribui diretamente para melhores resultados em saúde pública”, afirmou.
Já Liliana Romero Vega, representante do Ministério da Saúde, reforçou a necessidade de ações inovadoras para ampliar a detecção precoce e o acesso ao tratamento. “Precisamos unir esforços para desenvolver estratégias mais eficazes. Além disso, garantir um atendimento de qualidade às pessoas acometidas pela doença é essencial”, destacou.
O evento será encerrado com a premiação dos melhores programas regionais de controle da tuberculose e a apresentação dos informes finais. Dessa forma, a expectativa é que as discussões promovam avanços significativos na prevenção, no diagnóstico e no tratamento da doença, impactando positivamente a saúde pública em Minas Gerais.