A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) firmou uma nova parceria com o governo de Minas Gerais e, a partir do primeiro semestre de 2025, começará a realizar exames de HIV, hepatites, tuberculose, malária, doença de Chagas e leishmaniose. Com essa ampliação, a instituição se torna um Centro Colaborador da Rede de Laboratórios de Saúde Pública do estado.
Como os exames serão realizados?
O Sistema Único de Saúde (SUS) coletará as amostras de sangue em 90 municípios da macrorregião sudeste de Minas Gerais. Em seguida, as prefeituras encaminharão os materiais para análise na UFJF. O projeto atenderá cidades do Sul de Minas, Zona da Mata, Campo das Vertentes e até a região nordeste do estado.
Estrutura e profissionais envolvidos
Os laboratórios da Faculdade de Farmácia ficarão responsáveis pela maioria dos testes, além de avaliar a qualidade da água potável dos municípios participantes. Já o Instituto de Ciências Biológicas concentrará suas atividades no Laboratório de Entomologia, que estuda insetos transmissores de doenças como dengue, febre maculosa e malária.
A iniciativa contará com aproximadamente 40 profissionais, entre professores, alunos de graduação e pós-graduação e técnicos administrativos.
Experiência e impacto do projeto
Desde 2020, a UFJF já atuava na análise de exames de Covid-19 e, posteriormente, de vírus respiratórios e arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. Agora, essa nova parceria amplia a capacidade da Universidade na vigilância laboratorial.
O coordenador do projeto, professor Marcelo Silvério, destacou a importância da colaboração entre a UFJF e o SUS. Segundo ele, essa união fortalece o ensino, a pesquisa e a extensão, além de impulsionar o desenvolvimento de novas metodologias para diagnóstico e combate a doenças.
Capacidade e continuidade do serviço
Os laboratórios da UFJF estão preparados para realizar cerca de 20 mil exames por ano. A Universidade iniciou a análise da qualidade da água em dezembro de 2024 e, nos próximos meses, começará a fazer os demais exames. A parceria, prevista para durar um ano, pode ser prorrogada por até cinco anos.
A pró-reitora de Extensão, Érika Andrade, ressaltou o impacto positivo do projeto na saúde pública. Para ela, a parceria permite diagnósticos mais rápidos e eficazes, beneficiando diretamente a população e proporcionando uma formação acadêmica mais qualificada aos estudantes.