Foto: Freepik
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A partir de sábado (1º de fevereiro), os motoristas enfrentarão aumento no custo dos combustíveis devido ao reajuste do ICMS. A alíquota sobre gasolina e etanol subirá em 10 centavos, elevando o valor para R$ 1,47 por litro. Já o diesel e o biodiesel terão acréscimo de 6 centavos, passando para R$ 1,12 por litro.
Essa medida, válida em todos os estados, preocupa especialistas. O aumento nos combustíveis costuma gerar efeito cascata, impactando o transporte e encarecendo produtos e serviços. Em 2024, a inflação já superou o teto da meta. A alta dos preços pressiona o Banco Central, que eleva as taxas de juros para controlar o cenário econômico.
Reajuste necessário, mas polêmico
O Comsefaz justificou a mudança no ICMS como essencial para manter o equilíbrio fiscal. O objetivo seria alinhar os tributos às condições do mercado e garantir uma distribuição mais justa da carga tributária.
Apesar disso, os preços internos ainda mostram defasagens em relação ao mercado internacional. Dados da Abicom apontam que o diesel vendido pela Petrobras custa 85 centavos a menos por litro que o preço global. Já a gasolina apresenta uma diferença de 37 centavos.
Efeito cascata preocupa
Com o dólar superando R$ 6, os custos de importação crescem, pressionando ainda mais os preços. O último aumento da gasolina ocorreu em julho de 2024, quando o preço médio nas refinarias da Petrobras foi fixado em R$ 3,05 por litro. Desde então, os custos permanecem estáveis, mas abaixo do mercado internacional, afetando margens de lucro da estatal e gerando impactos na economia.
O repasse do aumento nas bombas será inevitável e tende a elevar a inflação em diversos setores. Para os consumidores, o cenário reforça a necessidade de buscar estratégias para lidar com os custos crescentes.