Motorista que causou acidente na serra do Bandeirantes em Juiz de Fora havia sido denunciada antes da colisão

Na noite do dia 13 de outubro, um motorista, alarmado pela condução perigosa de uma mulher de 36 anos na Estrada Engenheiro Gentil Forn, ligou anonimamente para o 190.

Ele alertou a Polícia Militar sobre o risco iminente de acidente, afirmando que a condutora parecia embriagada e dirigia de forma imprudente. “Ela passou por mim na direita, quase pegando o canteiro e vai bater esse carro”, relatou o denunciante na ligação ao Copom (Centro de Operações da PM).

Cerca de dez minutos após a denúncia, o veículo da motorista invadiu a pista contrária e colidiu frontalmente com outro carro na Rua Paracatu, onde uma família seguia viagem.

O impacto resultou na morte de uma criança de apenas 2 anos, que teve morte cerebral confirmada em 16 de outubro, três dias após o acidente.

A irmã dele, de 9 anos, ficou gravemente ferida e ainda se recupera na Santa Casa de Misericórdia.

O delegado Rodrigo Rolli, responsável pelo caso, informou que a condutora foi chamada a prestar depoimento, mas permaneceu em silêncio, afirmando que só falará em juízo. Durante a investigação, a Polícia Civil descobriu que ela participou de uma confraternização no Bairro Aeroporto, onde teria consumido bebida alcoólica.

Câmeras ao longo do trajeto confirmam que o percurso de 11,6 km entre o churrasco e o local da tragédia durou 24 minutos.

Apesar de não ter realizado o teste do bafômetro, depoimentos de testemunhas e indícios coletados pela perícia reforçam a suspeita de que a motorista estava sob efeito de álcool no momento da batida.

Ela pode ser indiciada por homicídio culposo na direção de veículo, com agravante de embriaguez, conforme o Código de Trânsito Brasileiro.