No evento, a prefeita Margarida Salomão foi agraciada com a Medalha do Sesquicentenário (150º) de Nascimento do Museu Mariano Procópio.

Uma cerimônia solene marcou a reinauguração do Museu Mariano Procópio, pertencente à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), na noite da terça-feira, 6, com a presença de autoridades, servidores da instituição, integrantes do Conselho Amigos do Museu e de profissionais de setores históricos e culturais da cidade. No evento, a prefeita Margarida Salomão foi agraciada com a Medalha do Sesquicentenário (150º) de Nascimento do Museu Mariano Procópio, concedida pela superintendente da fundação, Maria Lúcia Ludolf. A partir desta quarta-feira, 7, juiz-foranos e turistas do Brasil e do mundo já podem visitar, finalmente, o segundo maior acervo imperial do país após 15 anos indisponível ao público.




“Neste momento estamos abrindo o primeiro andar do prédio Mariano Procópio, com a exposição magnífica deste acervo extraordinário de obras de arte e memória do povo brasileiro. Em dezembro, como um presente de Natal para a cidade, nós vamos abrir o segundo andar do prédio. E já no início do ano que vem, a previsão é até março, nós vamos reabrir a Villa (Ferreira Lage). Nos próximos meses, o museu estará completamente aberto para a visitação, para o estudo e para a alegria de quem possa estar aqui. Juiz de Fora é muito privilegiada por esta memória que foi legada pela generosidade de Alfredo Ferreira Lage”, assegurou a prefeita Margarida Salomão.

Veja:

Também presente na solenidade, a superintendente da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), Giane Elisa, citou em seu discurso sobre a reverência necessária à memória brasileira. “Quando falamos de museu, estamos falando sobre a preservação da memória e o quanto é importante sua preservação para que a nação se desenvolva. Amanhã a gente comemora o Bicentenário da Independência reabrindo o museu e, neste momento, é importante que a gente reflita sobre o papel da museologia nestes duzentos anos. Tenho certeza que todos aqui têm muitas memórias afetivas com o Museu Mariano Procópio”.
Diretora do Museu, Maria Lúcia Horta destacou a relevância do espaço para a cultura do Brasil. “O Museu Mariano Procópio é repositório dos acervos mais importantes do Brasil dos séculos XVIII, XIX, XX, pois abrange os períodos Colonial, Imperial e Republicano. Ele nos instiga e remete ao passado histórico e é, também, um meio instrumental excelente de expressão e transmissão de conhecimento científico e cultural. É um espaço que dá respostas às questões biográficas, factuais, das artes, disseminadas na memória da coletividade, incentivando conexões críticas entre passado, presente e futuro”.




A exposição de reabertura do museu, “Rememorar o Brasil: a independência e a construção do Estado-Nação”, aborda o término do século XVIII, final do Brasil Colônia e Conjuração Mineira; o período Joanino, marcado pela chegada da Família Real em 1908, o que promove mudanças significativas no país; Primeiro e Segundo Reinado; e a Proclamação da República. “Há peças muito emblemáticas na exposição, como o quadro ‘Tiradentes Supliciado’, uma das mais importantes obras, que há muitos anos não era exposta; a cadeira do ‘beija-mão’, original, em que o Dom João VI recebia as pessoas diariamente às 20 horas para a cerimônia de mesmo nome no Paço Imperial; e os dois fardões de Dom Pedro II, da maioridade aos 14 anos de idade e do seu casamento. Temos vários objetos, todos originais do Palácio São Cristovão, residência da família imperial” esclareceu uma das historiadoras e curadoras da exposição, Rosane Carmanini.

A visitação gratuita ao prédio do Museu Mariano Procópio será contínua a partir desta quarta-feira, das 9h às 16h, exceto às segundas-feiras, quando a instituição fica fechada para manutenção. Já o parque funciona nos mesmo dias, no período entre 8h às 17 horas.




Museu Mariano Procópio

O Museu Mariano Procópio é uma das referências do acervo do Brasil Império, considerado o segundo mais importante do Brasil. A instituição reúne mais de 53 mil itens de grande valor histórico, artístico e científico, com destaque para o acervo do Império brasileiro, protegido por tombamento municipal e estadual. A Villa Ferreira Lage, residência do comendador Mariano Procópio, data de 1861, e o Prédio Mariano Procópio, construído especialmente para ser um museu, é de 1922.