Foram captados pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) R$ 7.774.538,08 milhões em recursos federais para serem aplicados na reconstrução de áreas afetadas pelas chuvas de janeiro.

O valor será empregado em oito obras, que serão realizadas nos seguintes bairros: Ponte Preta; Santa Luzia; Santo Antônio; São Tarcísio; Grajaú; Linhares; e Três Moinhos.




A área que vai receber a maior parte dos recursos será o talude de sessenta metros de altura localizado entre a Rua Rosa Sffeir e a Rua Vitorino Braga, onde ocorreu um deslizamento de solo no começo deste ano. Serão R$2.488.163,49 destinados para a obra. A prefeita Margarida Salomão esteve na Rua Vitorino Braga nesta quinta-feira, 7, e anunciou a conquista dos recursos. “Com muito trabalho, a Prefeitura conseguiu levantar cerca de R$ 8 milhões para fazer oito intervenções. Para a Rosa Sffeir, onde fizemos uma série de intervenções após o deslizamento, serão R$ 2,5 milhões. Conseguimos não só caracterizar as nossas necessidades, mas fazer os projetos para fazer essas intervenções. Agora vamos licitar e fazer os procedimentos administrativos que são próprios da gestão pública e, em breve, vamos apresentar às pessoas que sofreram tanto nas estações das águas algo melhor para a vida delas”, ressalta a prefeita. 

Além da Rua Rosa Sffeir, serão contempladas a Rua João Luzia, no bairro Três Moinhos, com o valor de R$1.834.095,25; a Rua Stelina Jesus de Oliveira Ponciano, no Linhares, com o valor de R$1.006.223,00; a Rua Maria Florice, no Três Moinhos, com o valor R$925.661,83; a Rua Augusto Vicente Vieira, no bairro São Tarcísio, com o valor de R$512.661,90; a Rua Francisco Rodrigues Silva, no Santo Antônio, com o valor de R$388.293,97; a Rua João Abreu Filho, em Ponte Preta, com o valor de R$318.211,16; e a Rua Alberto Agapito Ferreira, em Santa Luzia, com o valor de R$301.227,48.




Juiz de Fora vivenciou o período chuvoso mais intenso dos últimos 38 anos. Em janeiro, a Defesa Civil atendeu mais de 600 ocorrências, sendo as regiões Leste e Norte as mais afetadas. Em apenas uma semana, do dia 7 ao dia 11 de janeiro, choveu 62% do esperado para todo o mês. A PJF declarou estado de emergência na cidade e as equipes se empenharam para atenuar os impactos da chuva, que felizmente não deixaram ninguém desabrigado no município. 

Como a PJF conseguiu o recurso?

A captação de recursos exige, inicialmente, que a situação de emergência decretada no município seja reconhecida pela Defesa Civil Nacional. Para isso, a Secretaria de Governo (SG) da PJF, através da Defesa Civil, enviou um amplo relatório comprovando os danos causados pelas chuvas em janeiro e informando todas as áreas afetadas. O decreto de emergência foi reconhecido e, em seguida, a PJF precisou enviar um plano de trabalho de reconstrução para ser avaliado pelo Governo Federal, no qual é exigido relatório técnico, memorial descritivo, croqui do projeto e estimativa de custos. 




Para a elaboração do plano de trabalho, a PJF empenhou uma grande equipe de engenheiros e a atividade foi executada e supervisionada pelo setor de engenharia da Defesa Civil. Como explica a secretária de governo, Cidinha Louzada, é a primeira vez que a Prefeitura de Juiz de Fora consegue captar recursos federais para realizar obras de reconstrução após desastres causados pelas chuvas. “Montar relatórios, croquis e propostas envolveu o trabalho de dezenas de profissionais de engenharia, que mantiveram contato constante com a Defesa Civil Nacional para executar as exigências solicitadas no tempo hábil. Trabalhamos intensamente para buscar os recursos necessários porque sabemos como as obras mudarão a vida da população. Isso é prioridade nesta administração”, pontua.