Três homens, com idade entre 33 e 42 anos, foram presos nesta quinta-feira (28) suspeitos de abusar sexualmente de crianças em Belo Horizonte.
Segundo a Polícia Civil, a maioria dos envolvidos possuía algum grau de parentesco ou proximidade com as vítimas e outros cinco suspeitos ainda estão sendo procurados.
Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa de um homem suspeito de fotografar e filmar nua a enteada de 12 anos.
Entre os presos, está um homem, de 33 anos, que violentou a enteada de 7 anos. À polícia, ele disse ter “confundido a criança com a companheira ao chegar em casa bêbado”. No entanto, a criança relatou para a mãe que os abusos eram comuns.
Ao saber da violência sexual, a responsável pela garota procurou a polícia e denunciou o homem, em setembro deste ano. Ele foi preso na casa em que morava, na região Noroeste da capital.
“O homem alegou que tinha feito uso de bebidas alcoólicas, mas isso não justifica [o crime] e ele foi preso. A criança revelou que era abusada com frequência”, disse a delegada que está à frente das investigações, Renata Ribeiro.
A segunda prisão foi de um homem, de 42 anos, suspeito de abusar da filha de cinco anos. A criança contou à mãe e à tia que o pai “passava a mão nas partes íntimas dela e dava beijos em sua boca” quando a genitora saía de casa. As mulheres o denunciaram em 2018. Ele foi preso na mesma região que o primeiro acusado.
Aliciamento
Na região Centro-sul de Belo Horizonte, um homem, de 20 anos, foi preso por manter relações sexuais com uma menina de 12 anos. Segundo a polícia, os dois se conheceram por meio das redes sociais, meio pelo qual o aliciamento ocorreu.
A garota fugiu de casa para morar junto ao homem. A mãe da vítima conseguiu localizar a menina e, a denúncia, foi feita no ano passado.
“Uma pessoa adulta que se relacionar com crianças menores de 14 anos comete crime, também caracterizado como estupro de vulnerável”, explicou a delegada.
Busca e apreensão
Por fim, na casa de outro suspeito, de 38 anos, a polícia apreendeu equipamentos eletrônicos, como aparelhos celulares e computadores.
Ele é acuado de induzir a enteada, quando ela tinha 12 anos, a tirar fotos nuas. A menina, que hoje tem 16 anos, relatou o caso à mãe no ano passado. A garota ainda contou que o padrasto também acariciava as partes íntimas dela.
“Por confiar no padrasto, a menina fazia tudo o que ele pedia. Só depois que cresceu ela tomou consciência que era vítima de abusos. Esse inquérito ainda está em andamento. Os materiais serão periciados e vamos apurar se há material pornográfico e o que ele fazia com ele, se vendia ou distribuía”, detalhou a investigadora.
Atenção aos sinais
A delegada ainda pede atenção aos pais e responsáveis. “Além de prender agressores, a Polícia Civil também orienta. Em nosso site há uma cartilha em que explicamos para pais e responsáveis quais são os principais sinais que as crianças vítimas desse tipo de crime apresentam”, orientou a delegada.
Para ter acesso à cartilha, basta acessar o portal da Polícia Civil.
Denúncias
Para denunciar, basta entrar em contato com a polícia pelo disque 100 ou pelo 181.
Fonte: O Tempo