Foto: MPMG
Na manhã de quinta-feira (4 de setembro), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Civil deflagraram a operação Guardiões de Areia. A ação buscou desarticular um grupo acusado de organizar milícia armada e de praticar corrupção, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e outros crimes na Zona da Mata.
Mandados cumpridos em várias cidades
Ao todo, as equipes executaram 33 mandados judiciais em Teixeiras, Viçosa, Ponte Nova, Rio Casca, Pedra do Anta e também em Belo Horizonte. Entre as medidas, houve buscas, apreensões, bloqueio de bens e afastamento de cargos públicos. Além disso, os investigadores aplicaram monitoramento eletrônico em suspeitos.


Estrutura do grupo criminoso
De acordo com o Gaeco e a Corregedoria da Polícia Civil, três policiais civis se uniram para beneficiar uma mineradora de Teixeiras. Para isso, eles receberam vantagens ilícitas e criaram empresas de fachada em nome de laranjas. Dessa forma, ocultaram o dinheiro e mantiveram atividades de segurança clandestina, utilizando recursos públicos.
Atuação de empresários e assessor parlamentar
Um assessor parlamentar intermediava os pagamentos ilegais. Ao mesmo tempo, três empresários locais reforçaram o esquema e movimentaram mais de R$ 30 milhões em cinco anos. Além dos empresários, um contador, um ex-escrivão, um profissional autônomo e uma especialista em meio ambiente também entraram na mira dos investigadores.
Apreensões realizadas pela operação
Durante os mandados, os agentes recolheram armas de fogo, documentos, eletrônicos, aproximadamente R$ 106 mil em espécie e 740 folhas de cheques. Portanto, os materiais apreendidos reforçam a dimensão do esquema e confirmam os indícios levantados.
Indícios de poder paralelo
Segundo o MPMG, o grupo fraudava licitações e contratos públicos para consolidar influência em Teixeiras. Com isso, os investigados estabeleceram um poder paralelo na região. Além disso, usaram violência e intimidação para manter o domínio político e econômico.
Estrutura da força-tarefa
A ação contou com sete promotores de Justiça, quatro delegados, cerca de 70 policiais civis e servidores do MPMG. Assim, a operação se tornou uma das maiores mobilizações contra milícias já realizadas na Zona da Mata.