Foto: Agências Brasil/Carol Souza
Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) continuam em alta no Brasil, especialmente entre idosos e crianças. A informação consta no mais recente Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (5 de Junho) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com dados da semana epidemiológica de 25 a 31 de maio.
Conforme o levantamento, os principais vírus responsáveis pelo agravamento da condição são a influenza A e o vírus sincicial respiratório (VSR). Embora algumas regiões comecem a apresentar estabilidade, a maioria do país ainda registra números elevados.
Influenza A preocupa entre os idosos
A Fiocruz destaca que, nas últimas oito semanas, a mortalidade por SRAG foi semelhante entre crianças e idosos. No entanto, entre os idosos, os óbitos estão mais associados à infecção por influenza A. Já nas crianças, predominam os rinovírus e também a influenza A.
Além disso, a pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, ressalta que o aumento nos casos entre crianças de até 4 anos é impulsionado principalmente pelo VSR. Apesar de alguns sinais de estabilização em estados das regiões Centro-Sul, Norte e no Ceará, o número de internações continua preocupante.
Ela recomenda enfaticamente a vacinação contra a influenza A, sobretudo para grupos vulneráveis: crianças, idosos, pessoas com comorbidades e gestantes.
Jovens e adultos também são afetados pelo SRAG
Ainda segundo o boletim, há aumento nas hospitalizações por SRAG em adultos e jovens com mais de 15 anos, impulsionado também pela influenza A. Portanto, a circulação viral preocupa não apenas entre crianças pequenas e idosos, mas também em faixas etárias produtivas da população.
Quase todo o país em alerta
Atualmente, 25 das 27 unidades federativas apresentam níveis de alerta, risco ou alto risco de SRAG, com tendência de crescimento no longo prazo. São elas:
- Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
Além disso, 15 capitais brasileiras também estão em estado de atenção para a SRAG, com sinal de crescimento:
Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Porto Alegre, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo.