Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Os incêndios florestais consumiram mais de 30 milhões de hectares em 2024. Segundo o Ibama, atividades criminosas provocaram grande parte dessas queimadas. A autarquia já responsabilizou mais de 200 pessoas pelos danos ambientais.
Nesta quinta-feira (8 de maio), o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Jair Schmitt, divulgou que 242 infratores receberam multas e outras penalidades. Ao todo, as medidas somam mais de R$ 460 milhões. Embora o número seja alto, o órgão ainda avalia outros casos suspeitos.
Para conter novos crimes, o Ibama intensificou as ações de prevenção. A equipe técnica vem enviando notificações eletrônicas e por edital aos donos de áreas vulneráveis. Dessa forma, o órgão exige que os proprietários adotem medidas preventivas. Além disso, a fiscalização em campo aumentou nas regiões mais críticas.
Condições climáticas pioraram os incêndios
Embora os crimes tenham impulsionado o problema, o clima também agravou a situação. De acordo com o MapBiomas, o total queimado cresceu 79% em comparação a 2023. A área destruída equivale ao tamanho da Itália.
André Lima, secretário do Ministério do Meio Ambiente, explicou que a seca extrema contribuiu diretamente para o avanço das chamas. “A Amazônia enfrentou dois anos de estiagem severa. O El Niño, junto ao aquecimento do Atlântico Norte e às mudanças climáticas, deixou a floresta ainda mais vulnerável”, afirmou.
Dados de 2025 indicam melhora, mas cenário exige atenção
Apesar do cenário crítico em 2024, os primeiros meses de 2025 apontam uma tendência de melhora. Entre janeiro e abril, os focos de calor caíram 70% na Amazônia. No Pantanal, a redução ultrapassou os 90%.
No entanto, o governo identificou crescimento dos alertas de desmatamento em abril, tanto no Cerrado quanto na Amazônia. Por esse motivo, as autoridades ambientais reforçam a necessidade de manter a vigilância e intensificar o combate à degradação florestal.
A combinação entre clima, crime e pressão econômica continua sendo um desafio para a preservação dos biomas brasileiros. O Ibama, portanto, segue em alerta e ampliando sua atuação em 2025.
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