Imagem ilustrativa - Foto: Divulgação Prefeitura
A Câmara Municipal de Juiz de Fora promoveu, nesta terça-feira (22 de abril), uma Audiência Pública para discutir a proposta da Prefeitura de contratar até R$660 milhões em empréstimos junto ao BNDES. O objetivo é viabilizar o programa “Juiz de Fora Sustentável e Inovadora”, que abrange melhorias no Centro da cidade, no abastecimento de água e nas áreas de mobilidade e meio ambiente.
Transformação do Centro e mobilidade urbana
Segundo a Prefeitura, parte do recurso será destinado à reestruturação do Centro Histórico, especialmente nas Avenidas Getúlio Vargas e nas ruas Marechal Deodoro e Batista de Oliveira. O plano prevê nova drenagem, recuperação de calçadões e intervenções para tornar o espaço mais atrativo.
Além disso, o município pretende construir uma ciclovia de 16 km às margens do Rio Paraibuna, ligando a Barreira do Triunfo ao bairro Vila Ideal. Para isso, será necessário ampliar as margens do rio. De acordo com o presidente da Cesama, Lincoln Santos, a obra ajudará também a conter processos de erosão e assoreamento, que afetam a região atualmente.
Investimentos na segurança hídrica
Outro ponto central da proposta é a construção de uma nova estação de tratamento de água em Chapéu D’Uvas. A estrutura permitirá o aumento de 50% na oferta de água potável para a população. Segundo Lincoln Santos, a estação terá capacidade para processar até 1.000 litros por segundo, além de possibilitar a criação de dois reservatórios e um novo booster. Assim, Juiz de Fora poderá garantir mais segurança no abastecimento, mesmo em períodos críticos.
Tecnologia e viabilidade fiscal
A secretária de Desenvolvimento Urbano com Participação Popular, Cidinha Louzada, afirmou que as ações vão além das obras. Conforme explicou, o programa busca tornar a cidade mais conectada e inclusiva, por meio da implantação de um sistema de Governança Digital e Inteligente.
Já a secretária de Fazenda, Fernanda Finotti, apresentou os dados que comprovam a capacidade da Prefeitura para assumir o financiamento. Atualmente, apenas 2,8% da receita líquida do município vem de empréstimos, bem abaixo do limite legal de 11,5%. Além disso, o pagamento do empréstimo ocorrerá em até 25 anos, com cinco anos de carência e juros de 0,9% ao ano.
Câmara acompanha com atenção
A audiência foi conduzida pelo vereador Zé Márcio-Garotinho (PDT) e contou com a presença de outros 16 parlamentares. Durante o encontro, os vereadores fizeram questionamentos técnicos, financeiros e sociais sobre o projeto. A análise da proposta continuará nos próximos dias, com possibilidade de novas audiências e deliberações no plenário.