Aumento de casos de coqueluche em Minas Gerais alerta para risco de surto

Minas Gerais enfrenta um aumento preocupante de casos de coqueluche, com 26 novas infecções confirmadas em apenas quatro dias, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Este aumento significativo ocorre em meio a preocupações sobre um possível surto da doença, que já causou a morte de dois pacientes no país, incluindo um bebê de dois meses em Poços de Caldas.

A coqueluche, uma doença respiratória altamente contagiosa, pode ser prevenida pela vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a cobertura vacinal tem sido insuficiente, com a vacina pentavalente, que também protege contra difteria, tétano e hepatite B, sendo aplicada em apenas 71,09% da população, bem abaixo da meta de 95%.

Em âmbito nacional, o Ministério da Saúde registrou 608 casos confirmados de coqueluche até 26 de julho de 2024, mais que o dobro dos casos reportados em 2023. O aumento das infecções levanta preocupações sobre uma possível subnotificação, já que os sintomas da coqueluche podem ser facilmente confundidos com outras doenças respiratórias, como a pneumonia.

A situação é agravada pelo fato de que o inverno e o tempo seco favorecem a transmissão da doença. A vigilância epidemiológica está sendo reforçada para acompanhar os novos casos e evitar a propagação do surto. Autoridades de saúde alertam que o avanço da coqueluche não é um fenômeno isolado no Brasil, com aumentos significativos também registrados na Europa, Ásia e América do Sul, como na Bolívia.

A última grande epidemia de coqueluche no Brasil ocorreu em 2014, e desde então, o número de casos havia diminuído, até o recente ressurgimento.

Informações: O Tempo