O Sindicato se manifestou após a falta de merenda escolar em uma escola do município.

Confira abaixo a nota do Sindicato dos Professores (SINPRO-JF) sobre o crescente numero de problemas enfrentados em escolas municipais de Juiz de Fora no atual governo.
​“O Sindicato dos Professores vem acompanhando a situação das escolas municipais com atenção e cobrando, nas devidas instâncias, solução imediata para os diferentes e crescentes problemas que vivenciamos no chão da escola, problemas esses que afetam, diretamente, o bom funcionamento das unidades e a qualidade do trabalho realizado pelos diferentes segmentos presentes nesse cotidiano.




​Diferentes dificuldades são enfrentadas diuturnamente pelas escolas, dentre as quais o pouco diálogo estabelecido entre suas gestões e a Secretaria de Educação, elemento imprescindível para que a qualidade do ensino prevaleça. Essa situação, inclusive, já foi ponto de pauta de conversas com a Administração, inclusive com a Prefeita. É urgente que as arestas colocadas sejam dissipadas e que se restabeleça, imediatamente, um canal de diálogo entre as partes, pautado na tolerância, transparência e capacidade de ouvir.

​Também temos ouvido e testemunhado problemas no fornecimento de produtos direcionados para a merenda escolar nas escolas da rede. Sabemos que, além do programa federal de alimentação escolar (PNAE), é feita uma complementação por parte da Administração Municipal. É público e notório que, com a crise econômica protagonizada pela incompetência do Governo Federal, o desemprego, a fome e a indigência têm aumentado significativamente e as dificuldades por que passa a maioria da população têm crescido em progressão geométrica. E essa realidade não passa distante das escolas, onde o consumo da merenda aumentou: muitas vezes, alunos têm naquela refeição a única oportunidade de se alimentar…




​Essa realidade não pode e não deve ser usada como justificativa para problemas no fornecimento, onde unidades escolares estão convivendo com falta/limitação de gêneros alimentícios, tampouco pode tentar explicar problemas na adequada e suficiente distribuição.

​O Sindicato dos Professores foi à EM Augusto Gotardelo, a fim de ouvir a equipe diretiva sobre os problemas vivenciados na unidade, bem como seus desdobramentos. Também fez o mesmo com a EM Marlene Barros e está fazendo um levantamento em todas as unidades da rede, com o intuito de dimensionar o tamanho do problema, para apontar propostas e cobrar ações que normalizem a situação e possa dar tranquilidade às direções escolares no desempenho de suas funções, além, é claro, de garantir o direito fundamental de nosso alunado à alimentação de qualidade.




​Não é demais reafirmar nosso apoio a todos os gestores escolares que, de alguma forma, enfrentam dificuldades no desenvolvimento de suas inúmeras atribuições, principalmente por não serem ouvidos ou compreendidos. Repetimos: o diálogo, a abertura e a capacidade de ouvir e acolher são elementos fundamentais para uma escola plural e democrática. E essas qualidades são imprescindíveis a qualquer dirigente à frente de uma pasta tão importante como é a da Educação. Ao mesmo tempo, este Sindicato se solidariza e reafirma sua defesa intransigente de todos os profissionais do Magistério, repudiando, com veemência, quaisquer atos de intimidação ou ameaça. Precisamos, sim, de espaço para discussão sobre a Educação que queremos ver realizar.

​Por fim, estamos acompanhando, de perto, toda a situação, nos colocando à disposição dos coletivos das escolas e aguardando soluções necessárias e imediatas para os problemas ora colocados.”




A Secretaria de Educação ainda não se pronunciou sobre o caso