Na tarde desta segunda-feira, 20, uma equipe da Guarda Municipal realizou o recolhimento de um mico, no bairro Marumbi, que apresentava queimaduras decorrentes de fogo registrado em área de vegetação no entorno do bairro. O animal foi encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestre (Cetas) do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), onde recebeu os primeiros cuidados. De acordo com a veterinária do Centro, o animal possui leves queimaduras nas mãos, se encontra sem os movimentos dos membros posteriores, mas está se alimentando, ativo e alerta.
A Guarda Municipal chama a atenção para os perigos das queimadas. Além da poluição do ar, da intoxicação causada pela fumaça, muitos animais que vivem em áreas verdes são desabrigados, podem sofrer queimaduras e até serem mortos pelo fogo.
De acordo com o artigo 250 do Código Penal, atear fogo sem autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), do Instituto Estadual de Florestas (IEF) ou demais órgãos competentes é crime ambiental e pode render penalidades administrativas, multas e até reclusão de seis meses a quatro anos. Já a lei de crimes ambientais – 9.605/98, em seu art. 54 estabelece que causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a destruição significativa da flora, pode gerar pena de reclusão de um a quatro anos, mais multa.
Desde junho, a Guarda Municipal está atuando em rede com os demais órgãos de meio ambiente, contribuindo no trabalho de coleta de animais silvestres na zona urbana do município. Já são mais de 30 animais resgatados no período. A ação é realizada por equipes treinadas para a operação de contenção e manuseio de espécimes da fauna local.
Foto: Assessoria/PJF