Foto: Marcos Alfredo
A construção do novo Hospital de Pronto Socorro (HPS) em Juiz de Fora continua sem prazo definido para começar. Embora a vistoria realizada na tarde de sexta-feira (28 de novembro) tenha mostrado algumas melhorias, o avanço real ainda depende da conclusão do projeto executivo. Além disso, o terreno onde ficará o novo hospital ainda exige limpeza e organização.
Diagnóstico estrutural avança, mas processo ainda é lento
O diagnóstico técnico da estrutura começou recentemente e, por isso, ainda se encontra na fase inicial. Esse estudo orientará todo o projeto, que precisa detalhar cada etapa da futura construção. Assim que a empresa responsável for contratada, ocorrerá a elaboração do projeto completo, prevista para durar cerca de 18 meses. Por essa razão, a obra ainda não tem previsão.
Durante a vistoria, representantes dos órgãos públicos reforçaram a necessidade de manutenção constante da área. Como a estrutura permaneceu abandonada por anos, o local acumula mato, lixo e entulho. Por isso, o Município assumiu a obrigação de manter a limpeza. O Estado, por sua vez, deverá garantir a vigilância para evitar novas invasões ou danos. Caso a Prefeitura não cumpra o combinado até a próxima vistoria, poderá receber multa diária.
Nova vistoria e audiência devem definir próximos passos
Uma nova vistoria ocorrerá na quarta-feira (3 de dezembro). Além disso, no mesmo dia, haverá mais uma etapa da audiência que acompanha o caso. A expectativa é que esse encontro organize os próximos passos do processo. As instituições envolvidas reafirmaram que o novo HPS funcionará no local onde ficou o Hospital Regional, já que o espaço comporta toda a estrutura atual e ainda oferece área extra para expansão.
Segundo informações da administração municipal, várias ações já foram executadas, como capina, remoção de resíduos e controle de vetores. Ainda assim, técnicos identificaram rachaduras, danos em paredes e problemas no encanamento, o que reforça a necessidade de estudos mais profundos.
Investimento inicial já tem previsão
O novo prédio será municipal e, por isso, tende a reduzir custos operacionais ao longo do tempo. O Estado garantiu o depósito de recursos destinados à elaboração do projeto até quarta-feira (3 de dezembro). Depois disso, outro valor deve ser liberado para iniciar a construção.
A vistoria anterior, realizada em agosto, havia encontrado um cenário mais crítico. No entanto, a avaliação atual mostrou avanços. Mesmo assim, a estrutura ainda apresenta sinais de abandono, como restos de objetos, fezes de animais e pontos quebrados. Esses elementos reforçam a importância do diagnóstico, que deverá apontar todas as intervenções necessárias.
Por fim, mesmo com a ferrovia ao lado do terreno, engenheiros afirmam que o projeto vai considerar questões acústicas e ambientais desde o início. O objetivo é entregar uma unidade moderna, segura e capaz de melhorar o atendimento de urgência na cidade.