Foto: João Gabriel
Os Correios aprovaram nesta quarta-feira (19 de novembro) um plano de reestruturação que inclui medidas importantes para reduzir custos e melhorar a eficiência da estatal. Entre as ações, estão a abertura de um novo programa de demissão voluntária, o fechamento de até 1 mil agências consideradas deficitárias e a venda de imóveis, que pode gerar até R$ 1,5 bilhão.
Além disso, o plano prevê um empréstimo de até R$ 20 bilhões até o final de novembro, com o objetivo de equilibrar as finanças da empresa e retomar o lucro em 2027.
Medidas para reduzir custos e modernizar
O pacote de medidas inclui:
- Programa de Demissão Voluntária (PDV);
- Redução dos custos com plano de saúde dos empregados;
- Modernização da infraestrutura tecnológica e do modelo operacional;
- Fechamento de agências deficitárias;
- Venda de imóveis da estatal.
Também está prevista a expansão no e-commerce, parcerias estratégicas e a possibilidade de fusões e aquisições, que devem aumentar a competitividade da empresa no médio e longo prazo.
Objetivos da reestruturação
Segundo os Correios, o plano foi elaborado após análises detalhadas da situação financeira e do modelo de negócio atual. Assim, a expectativa é que as medidas permitam reduzir o déficit ao longo de 2026 e retomar a lucratividade em 2027.
Além disso, a estatal reforça que, mesmo com mudanças na rede de atendimento, a missão de universalizar os serviços postais será mantida, garantindo entregas em localidades remotas e de difícil acesso.
Estrutura e importância dos Correios
Atualmente, os Correios estão presentes em todos os 5.568 municípios, incluindo o Distrito Federal e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha (PE). A empresa conta com mais de 10 mil agências, 8 mil unidades operacionais, 23 mil veículos e cerca de 80 mil empregados diretos.
Entre os serviços essenciais estão a entrega de livros didáticos, provas do Enem, urnas eletrônicas e mantimentos. Além disso, a estatal atua em situações de emergência, como enchentes e desastres naturais, prestando suporte imediato às famílias afetadas.
Histórico financeiro recente
Em 2024, a empresa registrou um prejuízo de R$ 2,6 bilhões. Entretanto, em maio, já havia anunciado medidas como outro programa de demissão voluntária, redução da jornada administrativa e suspensão temporária de férias.
O PDV anterior teve adesão de cerca de 3,5 mil funcionários, gerando uma economia anual de R$ 750 milhões. Portanto, o novo plano de reestruturação visa ampliar ainda mais a sustentabilidade financeira da estatal.