Foto: Divulgação / Polícia Civil
Na quarta-feira (12 de novembro), a Polícia Civil prendeu 14 pessoas envolvidas em um esquema de furto de cobre que causou um prejuízo de cerca de R$ 30 milhões. A operação, chamada “Cyprium”, desarticulou essa rede criminosa que atuava em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
Prisões e mandados cumpridos
A polícia cumpriu 38 mandados de busca e apreensão em várias cidades. Em Juiz de Fora, 11 pessoas foram presas. Além disso, a operação resultou em prisões em Vitória da Conquista (BA) e São José do Vale do Rio Preto (RJ). A polícia apreendeu cobre furtado, mas o valor total do material ainda está sendo calculado. O grupo enviava o cobre para empresas de sucata e fábricas no Rio de Janeiro e na Bahia, onde o material era processado e vendido.
Como funcionava o esquema?
A quadrilha contava com a ajuda de funcionários e ex-funcionários de empresas de telefonia e internet. Eles usavam uniformes falsificados e documentos adulterados para disfarçar os furtos. O grupo operava em cidades como Juiz de Fora, Viçosa, Ubá e Cataguases. Após o furto, o cobre seguia para empresas no Rio de Janeiro e na Bahia. Em Juiz de Fora, o material passava por um processo antes de seguir para os destinos finais.
O delegado Márcio Rocha explicou que, em Juiz de Fora, o material roubado passava por triagem. Depois, seguia para empresas que compravam e processavam o cobre. Um dos furtos mais alarmantes envolveu o roubo de itens históricos do cemitério de Aiuruoca, no Sul de Minas, como crucifixos e lápides.
Prisão do chefe da quadrilha
A Polícia Civil identificou o líder da quadrilha como um homem de 29 anos, dono de um ferro-velho em Juiz de Fora. Ele foi preso em setembro, durante a primeira fase da operação. O criminoso ostentava luxo nas redes sociais, incluindo viagens internacionais e carros caros. A polícia apreendeu mais de uma tonelada de cobre durante a operação. As investigações começaram seis meses antes da prisão, devido ao aumento nos furtos de fios de cobre na região.
Desdobramentos e impacto da operação
A operação revelou a grandeza do esquema criminoso. Em 2024, o grupo cometeu mais de 1.400 furtos, movimentando cerca de R$ 3 milhões em Juiz de Fora.