Foto: João Gabriel
A Justiça de Juiz de Fora proibiu protestos nos trilhos da linha férrea em toda a cidade. A decisão foi tomada depois de um ato realizado por moradores do bairro Poço Rico. Eles reclamavam do fechamento da passagem de nível na Rua Pinto de Moura e chegaram a ocupar a ferrovia.
Como resultado, a MRS Logística acionou o Judiciário. A empresa alegou que o protesto colocava em risco tanto os manifestantes quanto os maquinistas. Além disso, destacou que não é contrária às manifestações, mas sim à ocupação de áreas onde há circulação de trens.
Decisão judicial e consequências
Diante do caso, o juiz determinou a proibição de qualquer ato sobre os trilhos dentro dos limites de Juiz de Fora. Quem desobedecer a medida pagará multa diária de R$ 10 mil. A Justiça também autorizou o uso da força policial se houver resistência dos manifestantes.
Durante o protesto, a Polícia Militar acompanhou a mobilização para evitar acidentes. Apesar da tensão, ninguém ficou ferido. O ato, porém, interrompeu o tráfego ferroviário por alguns momentos e chamou a atenção de quem passava pela região.
Audiência marcada e próximos passos
Para tentar resolver o impasse, a Justiça marcou uma audiência de conciliação para fevereiro de 2026. O encontro reunirá representantes da comunidade, da MRS Logística e da Prefeitura de Juiz de Fora. O objetivo é encontrar uma solução que garanta segurança sem prejudicar os moradores.
Os participantes do protesto afirmam que o fechamento da passagem de nível dificulta a locomoção e aumenta o tempo de deslocamento. Por outro lado, a MRS sustenta que o bloqueio é necessário para evitar acidentes. Assim, a audiência será o momento de discutir um possível acordo entre as partes.
Com a decisão, a Justiça espera equilibrar o direito de manifestação e a segurança nas operações ferroviárias. A situação segue em acompanhamento até a reunião marcada para o início do próximo ano.