Foto: Divulgação / Polícia Federal
A Polícia Federal, em parceria com o INEP e a FGV, realizou, no domingo (19 de outubro), a Operação R1 para impedir fraudes em provas de residência médica no país. Durante a ação, agentes reforçaram a fiscalização e aumentaram a segurança do ENAMED. Além disso, a operação contou com 24 policiais federais que atuaram em diferentes cidades, incluindo Juiz de Fora, garantindo a integridade do exame.
O ENAMED avalia o conhecimento teórico e habilidades práticas dos médicos recém-formados. Por isso, a Polícia Federal intensificou a fiscalização, prevenindo que candidatos e organizações criminosas comprometessem a seleção.
Esquema de fraude identificado
As investigações revelaram que o grupo criminoso planejaria duas formas de fraude. Primeiro, candidatos receberiam respostas corretas por meio de dispositivos eletrônicos. Depois, indivíduos conhecidos como “laranjas” fariam a prova em lugar dos candidatos, utilizando documentos falsos e pontos eletrônicos.
Cada candidato aprovado pagaria R$ 140 mil pelo esquema. Além disso, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão simultaneamente ao término da prova, incluindo a residência de um suspeito no Rio de Janeiro.
Prisões e equipamentos apreendidos
No total, oito pessoas foram presas. Cinco candidatos – quatro homens e uma mulher – e três homens em um hotel de Juiz de Fora, que transmitiam respostas por pontos eletrônicos. Durante a operação, a Polícia Federal apreendeu diversos equipamentos usados para fraude.

Em seguida, os suspeitos foram levados à Delegacia de Polícia Federal de Juiz de Fora. Após depoimentos e exames de corpo de delito, eles seguirão para o sistema prisional, permanecendo à disposição da Justiça.
Consequências legais
Os envolvidos responderão por crimes de fraude em certames de interesse público, associação criminosa e falsidade ideológica. A Polícia Federal afirmou que manterá ações de fiscalização para garantir que futuros concursos de residência médica ocorram de forma justa e transparente.