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A prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, anunciou nesta sexta-feira (10) a aprovação dos projetos de macrodrenagem e esgotamento sanitário do córrego de Santa Luzia. A Prefeitura abrirá uma consulta pública até o fim do mês para definir os últimos ajustes antes da licitação. Dessa forma, o município avança em uma das principais obras de infraestrutura urbana da atual gestão.
Projeto nasceu após fortes chuvas
Margarida explicou que o projeto começou a ser elaborado após as fortes chuvas que atingiram o bairro no início do mandato. Segundo ela, a equipe técnica identificou a necessidade de uma solução definitiva para conter os alagamentos. “Essa obra é uma demanda desde o início de nossa gestão, quando chuvas abundantes levaram o bairro Santa Luzia a ser, mais uma vez, sacrificado. Naquela altura, começamos a desenhar esse projeto e levamos à Câmara para que ele viesse a ser financiado, o que foi autorizado. Felizmente, apresentamos esse projeto ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal e estamos recebendo esse recurso com injeção direta de investimentos em Juiz de Fora”, afirmou.
Três etapas principais da intervenção
A secretária de Obras, Bruna Rocha, detalhou que as intervenções serão executadas em três etapas. A primeira prevê a construção de um reservatório subterrâneo no bairro Teixeiras. Em seguida, a segunda etapa abrange a recanalização do córrego em Santa Luzia. Por fim, a terceira etapa vai ampliar a calha e reforçar as margens na região do Graminha.
O investimento total ultrapassa R$ 160 milhões. Além disso, o reservatório no Teixeiras terá 11 metros de profundidade e capacidade para armazenar cerca de 50 mil m³ de água. Acima dele, a Prefeitura construirá um campo de futebol com gramado sintético, nos mesmos padrões do implantado no bairro Amazônia.
Obras em Santa Luzia e no Graminha
Em Santa Luzia, o projeto vai canalizar 2,2 km do córrego e ampliar o canal de 5 para 8 metros entre a queda-d’água e a UPA. O trecho até a rotatória do bairro também passará por requalificação estrutural.
Além disso, a Cesama implantará um novo coletor de esgoto, que eliminará o despejo de resíduos no córrego. Já na estrada do Graminha, as obras incluirão 600 metros de canalização em gabião. Essa estrutura aumentará a vazão da água e reduzirá o risco de alagamentos.
Impacto e continuidade do projeto
O diretor-presidente da Cesama, Lincoln Santos, afirmou que o conjunto das obras deve encerrar um problema histórico na região. “É um projeto muito importante para a cidade, especialmente para Santa Luzia, que historicamente sofre com alagamentos. Iniciamos a primeira etapa em 2023, transformando o Parque da Lajinha em uma bacia de detenção que já trouxe melhorias significativas. Agora, com essa nova fase, vamos resolver definitivamente o problema, além de permitir a implantação dos coletores tronco e, em seguida, da estação de tratamento de esgoto do bairro”, explicou.
O secretário de Governo, Ronaldo Pinto Junior, destacou que a consulta pública antecede a fase de licitação. “Com a consulta, poderemos lançar o edital e dar início ao processo de concorrência. Também estamos realizando um estudo de impacto junto à comunidade, garantindo a participação popular e o alinhamento do projeto com os desejos da população”, disse.
Recursos do PAC impulsionam as obras
A Prefeitura de Juiz de Fora assegurou R$ 356 milhões em investimentos do Governo Federal por meio do PAC. O valor será aplicado em obras de macrodrenagem e esgotamento sanitário nas bacias dos córregos Ipiranga (Santa Luzia), São Pedro (São Pedro, Democrata e Mariano Procópio) e Humaitá (bairro Industrial).
Enquanto isso, a intervenção no bairro Industrial já passou pelas etapas de consulta e audiência pública. O edital de licitação está aberto até 22 de janeiro de 2026. Dessa forma, a cidade segue avançando em seu programa de prevenção a enchentes e melhoria da infraestrutura sanitária.