Foto: Divulgação / Mercedes-Benz
Os metalúrgicos da Mercedes-Benz em Juiz de Fora iniciaram greve por tempo indeterminado na última terça-feira (16 de setembro). A paralisação ocorre justamente na data-base da categoria, em 1º de setembro, e teve adesão total dos trabalhadores. Além do aumento real nos salários, a categoria exige a equiparação do vale-alimentação com outras unidades da empresa e do setor.
Negociações e impasse
As conversas entre sindicato e empresa começaram em julho, depois da entrega da pauta de reivindicações. Embora a Mercedes-Benz tenha oferecido reajuste baseado no Índice de Preços ao Consumidor (INPC) para salários e vale-alimentação, a proposta foi rejeitada pelos trabalhadores. Eles argumentam que os valores estão abaixo do necessário e dos padrões de outras unidades.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora e Região, João César da Silva, “não aceitamos apenas a correção pelo INPC. Queremos ganho real nos salários”. Ele ainda destaca que o vale-alimentação pago em Juiz de Fora, de R$ 450, está abaixo do praticado na unidade de São Bernardo do Campo, que oferece R$ 700, além de alimentação. Por isso, os trabalhadores reforçam a necessidade de equiparação.
Impacto na produção
Durante a greve, os trabalhadores bloqueiam a saída de cabines destinadas à unidade paulista. Consequentemente, a paralisação pode afetar a produção da fábrica de São Bernardo nos próximos dias. Além disso, o sindicato mantém plantões aos finais de semana para impedir o fluxo de materiais enquanto o impasse continuar.
Disposição para negociação
Apesar da paralisação, o presidente do sindicato reforça que a categoria continua aberta ao diálogo. No entanto, a retomada das negociações depende da empresa. “O sindicato reafirma sua disposição para encontrar uma solução que beneficie centenas de trabalhadores”, concluiu João César. Assim, o impasse pode ser resolvido a qualquer momento, caso a empresa aceite sentar à mesa.