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Na manhã desta terça-feira (16 de setembro), a Guarda Municipal recolheu uma ninhada de gambá no bairro Santa Luzia, Zona Sul de Juiz de Fora. Mãe e filhotes estavam dentro de uma caixa de energia no pátio da Escola Estadual Juscelino Kubitschek. Por isso, a equipe reforça a atenção para o aumento desses animais nesta época do ano, especialmente próximo a residências.
Temporada de gambás
Todos os anos, a Proteção Ambiental registra maior demanda por recolhimento de gambás no segundo semestre. Isso acontece porque setembro a novembro corresponde ao período reprodutivo da espécie. Durante esse período, as fêmeas saem durante o dia em busca de alimento para amamentar os filhotes.
Além disso, locais com lixo exposto e restos de ração de animais domésticos atraem os gambás, que aproveitam a abundância de recursos para se alimentar.
Orientações da Guarda Municipal
O supervisor Fernando Dolavale orienta: “Nunca mexa no ninho nem agrida os gambás. Machucar ou matar animais silvestres é crime. Quando o adulto é morto, os filhotes têm poucas chances de sobreviver.”
Apesar da aparência, os gambás ajudam a controlar pragas como baratas, escorpiões e carrapatos. Portanto, a recomendação é deixá-los em paz, pois eles geralmente partem à noite.
Além disso, não se deve tentar espantar os animais, pois podem ser atropelados na fuga. A Guarda recomenda evitar lixo exposto, retirar restos de ração e vedar locais que possam servir de ninho, como aberturas entre telhados e forros. Se o gambá estiver em local que não cause transtorno, aguarde ele sair por conta própria.
Consequências legais
Maltratar animais silvestres constitui crime. A Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998) prevê detenção de seis meses a um ano e multa para quem matar, perseguir ou caçar esses animais.
Caso encontre gambás feridos ou em perigo, a população deve acionar a Proteção Ambiental pelo telefone 153, das 8h às 17h. Vale lembrar que o atendimento segue critérios de triagem, pois ocorre junto a outras ações da Guarda.