,Foto: João Gabriel
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) conseguiu a condenação de 15 pessoas que integravam uma organização criminosa dedicada à corrupção, falsidade ideológica, usurpação de função pública e prevaricação no Detran/MG. Entre os condenados estão policiais civis e despachantes veiculares. A pena mais alta chegou a 19 anos e 1 mês de reclusão, enquanto o total das condenações soma mais de 211 anos. Além disso, as multas aplicadas ultrapassam R$ 785 mil. O caso ocorreu em 2019 e envolveu servidores de Varginha e Elói Mendes.
Como funcionava o esquema
O MPMG detalhou que os envolvidos recebiam propina para falsificar vistorias não realizadas, agilizar a expedição de documentos e autorizar emplacamentos e lacrações fora do Detran. Além disso, a Justiça determinou que pagassem R$ 200 mil de indenização por danos morais coletivos. Por fim, os policiais civis perderam seus cargos.
Colaboradores tiveram penas reduzidas
As pessoas que colaboraram com as investigações tiveram redução de pena e serão as únicas que não cumprirão regime fechado. Entretanto, tanto os sentenciados quanto o Ministério Público ainda podem recorrer da decisão.
Operação “Êxodo 23”
Em dezembro de 2019, o MPMG deflagrou a operação para desarticular a organização criminosa que atuava em Elói Mendes e Varginha. Na ação, 53 policiais militares, 23 policiais civis da corregedoria, oito promotores de Justiça e 17 servidores do Ministério Público participaram das diligências, totalizando 101 pessoas.
Na ocasião, o MPMG expediu 16 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão, utilizando 25 viaturas. As investigações duraram cerca de dois anos e o Gaeco, núcleo Varginha, coordenou as ações em conjunto com a Promotoria de Justiça da Comarca de Elói Mendes.