Foto: Nathan Santos
Motoristas de ônibus paralisaram o transporte coletivo de Juiz de Fora na tarde desta quinta-feira (24 de julho). O movimento começou na Avenida Rio Branco e impactou várias linhas, principalmente nos horários de pico. Segundo relatos, a paralisação tem ligação com a campanha salarial dos trabalhadores rodoviários.
Consórcio acusa ilegalidade na greve
O Consórcio Via JF divulgou uma nota oficial afirmando que a paralisação é ilegal. Segundo a empresa, a greve ocorreu em plena negociação coletiva, sem o cumprimento das exigências previstas na Lei nº 7.783/1989. Além disso, o comunicado apontou três irregularidades principais:
- O transporte coletivo, por ser atividade essencial (Art. 10), não pode parar sem planejamento;
- A lei exige a manutenção de pelo menos 30% da frota circulando (Art. 11);
- E determina aviso prévio com no mínimo 72 horas de antecedência, o que não ocorreu (Art. 13).
Ainda de acordo com o Consórcio, o impasse gira em torno do índice econômico da proposta salarial. Apesar disso, representantes garantiram que continuam negociando com os trabalhadores e esperam avançar na próxima reunião, que deve contar com mediação do Ministério do Trabalho.
Prefeitura cobra normalização e notifica empresas
A Prefeitura de Juiz de Fora afirmou, por meio de nota, que tomou conhecimento da paralisação e confirmou a relação do protesto com a campanha salarial. A Secretaria de Mobilidade Urbana (SMU) notificou as empresas de transporte, cobrando a retomada imediata dos serviços.
De acordo com o Executivo, o transporte público representa um serviço essencial. Por isso, a SMU afirmou que vai acompanhar a situação de perto para minimizar os impactos à população.
População sofre com paralisação repentina
A greve pegou os usuários de surpresa e causou confusão nos pontos de ônibus. Muitos trabalhadores, estudantes e idosos relataram atrasos e dificuldades para chegar ao destino. Mesmo com o diálogo aberto entre as partes, o cenário ainda permanece indefinido.