Foto: Reprodução / Câmeras de Segurança
Um homem enfrenta o Tribunal do Júri nesta terça-feira (24 de junho), no Fórum Benjamim Colucci, em Juiz de Fora. Ele confessou ter matado a esposa, que era psicóloga, em 2018. O crime ocorreu no Bairro São Mateus e chocou a população.
Crime aconteceu dentro de casa
Primeiramente, o autor buscou a vítima no Aeroporto Regional da Zona da Mata, em Goianá, após uma viagem a São Paulo. Durante o trajeto, os dois discutiram sobre problemas financeiros e um possível pedido de separação. Quando chegaram em casa, ele a agrediu com socos e causou a morte por asfixia.
Logo depois, ele limpou o apartamento. Além disso, retirou roupas e acessórios do corpo da vítima e lavou os objetos usados no crime. Em seguida, saiu para o supermercado, retornou com um carrinho do condomínio e transportou o corpo enrolado em um edredom até o estacionamento.
Réu ocultou o corpo em mata
Em seguida, o acusado levou o corpo até uma mata no Bairro Aeroporto, perto do Parque da Lajinha. Para esconder os vestígios, ele arrastou a vítima até a vegetação e a abandonou. No dia seguinte, doou o edredom a uma pessoa em situação de rua. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele desceu com o carrinho.
Dez dias depois, um morador encontrou o corpo e acionou a Polícia Militar. A perícia identificou marcas de asfixia e queimaduras no rosto, provocadas por produto químico. Apesar da tentativa de ocultação, as investigações avançaram com rapidez.
Justiça prendeu e libertou o réu no mesmo ano
Após familiares reconhecerem o corpo no Posto Médico Legal, o autor confessou o crime. A Polícia Civil efetuou a prisão em junho. No dia 14, um desembargador concedeu habeas corpus. No entanto, no dia 27, o Tribunal suspendeu a decisão. Já no dia seguinte, ele se entregou à polícia e retornou ao Ceresp.
Ministério Público denunciou o réu por feminicídio
Além disso, o Ministério Público denunciou o acusado por seis crimes. A promotoria incluiu as qualificadoras de feminicídio, motivo fútil, asfixia e uso de meio que dificultou a defesa da vítima. Além disso, ele também responde por ocultação de cadáver e fraude processual. Dessa forma, o julgamento pode resultar em uma pena severa.
Linha do tempo do caso
- 21 de maio de 2018: O autor matou a esposa no Bairro São Mateus e escondeu o corpo em uma área de mata.
- 31 de maio de 2018: Um morador localizou o corpo e chamou a Polícia Militar.
- 4 de junho de 2018: A Delegacia de Homicídios assumiu a investigação.
- 6 de junho de 2018: O caso foi encaminhado à Delegacia da Mulher.
- 7 de junho de 2018: Familiares reconheceram o corpo no PML.
- 14 de junho de 2018: O TJMG concedeu habeas corpus ao réu.
- 27 de junho de 2018: O Tribunal suspendeu a decisão de soltura.
- 28 de junho de 2018: O acusado se apresentou à polícia e retornou à prisão.
- 6 de julho de 2018: A Polícia Civil concluiu o inquérito.
- 13 de julho de 2018: O Ministério Público apresentou a denúncia.
- 14 de agosto de 2018: A Justiça realizou a primeira audiência.
- 25 de setembro de 2018: O réu permaneceu em silêncio durante o interrogatório.
- 24 de outubro de 2018: A sentença de pronúncia confirmou o julgamento em júri popular.
Agora, o julgamento promete trazer novos desdobramentos sobre o caso que, por anos, impactou a cidade. Portanto, o desfecho será acompanhado de perto por moradores e familiares. A expectativa é que a Justiça, enfim, dê uma resposta definitiva após tantos anos de espera.
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