Foto: Corpo de Bombeiros
Uma menina de 10 anos, baleada na cabeça durante uma viagem de carro com o pai, foi transferida para Juiz de Fora na tarde de quarta-feira (18 de junho). O caso aconteceu em Porto Firme, na Zona da Mata mineira. A vítima está internada em estado gravíssimo no CTI da Santa Casa.
Transferência contou com helicóptero dos Bombeiros
Após receber os primeiros atendimentos no Hospital Arnaldo Gavazza Filho, em Ponte Nova, a criança seguiu para Juiz de Fora a bordo de uma aeronave do Corpo de Bombeiros. A operação ocorreu com agilidade, o que ajudou a garantir estabilidade no trajeto.
Assim que desembarcou, por volta das 18h, a menina foi levada para o CTI. De acordo com a equipe médica, ela permanece sedada, entubada e em ventilação mecânica.
Tiro atravessou a cabeça da vítima
Segundo o SAMU, o disparo entrou pelo lado direito da cabeça e saiu pelo esquerdo. Desde então, a menina não responde a estímulos motores. Os médicos seguem com o acompanhamento intensivo.
Além disso, a gravidade do ferimento exige atenção constante. O quadro clínico continua sendo considerado crítico.
Disparos ocorreram após ultrapassagem no trânsito
No momento do fato, a criança voltava da casa dos avós com o pai. Ela seguia no banco da frente, quando um outro veículo se aproximou em alta velocidade. Após ultrapassar, o motorista desceu armado. Por medo de um assalto, o pai acelerou o carro. Logo em seguida, os disparos começaram, e um dos tiros atingiu a cabeça da menina.
Policial penal alegou que agiu para se defender
O autor dos tiros, que atua como policial penal, alegou à Polícia Militar que se sentiu ameaçado. Segundo ele, o carro da família o teria fechado e piscado os faróis. Por isso, decidiu atirar. Ainda de acordo com seu relato, ele não percebeu que havia atingido alguém.
Os militares prenderam o suspeito em flagrante no mesmo dia, em Viçosa. Mais tarde, ele foi transferido para a Casa de Custódia do Policial Penal e do Agente Socioeducativo, em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Justiça decretou prisão preventiva
A Justiça avaliou o caso como extremamente grave e decretou a prisão preventiva do agente. Além disso, a Corregedoria da Polícia Penal abriu um procedimento administrativo para apurar a conduta do servidor.
Enquanto isso, a Polícia Civil já conduz uma investigação e trata o caso como tentativa de homicídio. O pai da criança afirmou que não tem inimizades, não está envolvido em conflitos e não vinha recebendo ameaças. Para ele, tudo indica que houve um erro grave de avaliação por parte do policial.
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