Foto: Marcelo Camargo / Arquivo Agência Brasil
A Polícia Federal prendeu, nesta terça-feira (17 de junho), dois homens suspeitos de envolvimento em um esquema de fraude contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os agentes localizaram um dos investigados em Aracaju e o outro em Umbaúba, cidade a cerca de 100 quilômetros da capital sergipana.
Após as prisões, os policiais levaram os dois até a superintendência da PF. Lá, eles permanecem sob custódia temporária. Como o caso corre sob segredo de justiça, a identidade dos suspeitos não foi divulgada.
Investigação encontra dinheiro, cheques e imóveis de alto valor
Durante a mesma ação, os agentes federais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em imóveis localizados em Aracaju, Umbaúba e Cristianópolis. Nessas localidades, a PF recolheu R$ 35 mil em espécie e R$ 68 mil em cheques.
Além disso, a Justiça Federal autorizou o sequestro de cinco imóveis, cujo valor total gira em torno de R$ 12 milhões. Com isso, a operação visa não apenas punir os envolvidos, mas também recuperar os prejuízos causados aos cofres públicos.
Fraude afeta milhões de beneficiários da Previdência
As prisões fazem parte do desdobramento da Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril de 2024. Na ocasião, a Polícia Federal revelou um esquema que aplicava descontos indevidos em aposentadorias e pensões, sem autorização dos beneficiários.
Conforme os dados divulgados, o valor total dos descontos chegou a R$ 2,8 bilhões em 2024. Embora o INSS seja responsável por registrar as deduções, o órgão ainda não sabe quanto desse total foi aplicado de forma ilegal.
Desde o início da operação, mais de 3,38 milhões de beneficiários procuraram o INSS para verificar os valores descontados. Entre eles, 97,3% afirmaram que não autorizaram os débitos, ligados a 43 entidades civis diferentes.
CGU já alertava sobre falhas no controle do INSS
A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou, ainda em 2024, diversas falhas nos sistemas de controle dos descontos associativos. Por esse motivo, recomendou que o INSS interrompesse imediatamente as cobranças realizadas diretamente nos pagamentos de aposentados e pensionistas.
Agora, a PF continua investigando os responsáveis. Além disso, a operação busca reparar os danos ao erário e impedir novas fraudes no sistema previdenciário.
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