
Divulgação / MPMG
Na noite de terça-feira (13 de maio), a Escola Estadual Sebastião Patrus de Souza, em Juiz de Fora, foi palco do lançamento do documentário e da exposição fotográfica do projeto Moradores / Educação. O evento reuniu alunos, ex-alunos, professores e moradores da região. Juntos, eles celebraram as memórias e a importância histórica de uma das escolas mais tradicionais da cidade.
Ao longo da noite, o público assistiu ao documentário construído com depoimentos de 115 pessoas ligadas à escola. Em seguida, participou de uma visita guiada pela exposição fotográfica. Além disso, houve atividades culturais e distribuição de catálogos com histórias marcantes de personagens da comunidade escolar. Os participantes também receberam ímãs de geladeira e levaram para casa suas fotos impressas, que fizeram parte do “varal fotográfico” montado no local.
O projeto nasceu de uma parceria entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Educação (Caoeduc), a Plataforma Semente e a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais.
Oficinas despertam pertencimento e criam narrativas visuais
Antes da apresentação final, os alunos participaram de uma oficina cultural promovida pelo projeto. Durante as atividades, eles aprenderam técnicas básicas de fotografia, vídeo e registro de histórias. Mais do que isso, refletiram sobre o papel da escola em suas trajetórias pessoais.
Como resultado, criaram a série de ensaios “Escolas, Memórias e Pertencimento”. Posteriormente, a equipe profissional do projeto instalou uma “tenda de ouvir histórias” dentro da escola. Durante três dias, escutou e registrou vivências de alunos, ex-professores e ex-funcionários que marcaram a trajetória da instituição.
Esses relatos serviram de base para a produção do documentário e da exposição, apresentados na noite do evento. Dessa forma, a comunidade escolar pôde se ver retratada e valorizada.
Promotoras destacam papel da escola como espaço de afeto
A promotora de Justiça Samyra Ribeiro Namen, responsável pela área de Educação em Juiz de Fora, afirmou que a iniciativa valoriza a escola como ambiente de transformação social. “A cada lembrança compartilhada, percebemos que a escola não é apenas lugar de aprendizado. Ela é também espaço de afeto, identidade e cidadania”, destacou.
Por outro lado, a promotora Giselle Ribeiro de Oliveira, coordenadora do Caoeduc, ressaltou a importância de ouvir a comunidade escolar. Segundo ela, ao abrir espaço para essas histórias, o projeto reforça o direito à educação como uma construção coletiva. “O Ministério Público se orgulha de apoiar iniciativas que escutam, acolhem e fortalecem vínculos”, afirmou.
Projeto percorrerá outras cidades de Minas até 2026
O Moradores / Educação surgiu como um desdobramento do premiado projeto Moradores – A Humanidade do Patrimônio, que há 13 anos atua no Brasil e no exterior. A proposta atual reconhece a escola como uma “cidade” com vida própria, onde circulam histórias únicas e profundas.
A primeira ação aconteceu em Belo Horizonte, na Escola Estadual Professor Morais. Depois da passagem por Juiz de Fora, o projeto seguirá para Poços de Caldas e Uberaba. Em seguida, visitará Governador Valadares, Januária, São João das Missões e Teófilo Otoni. Ao todo, serão oito escolas públicas estaduais envolvidas até 2026.
Por meio dessas ações, o projeto busca reunir e preservar diferentes trajetórias, fortalecendo o sentimento de pertencimento das comunidades escolares em todas as regiões do estado.
Realização na escola e parcerias
O projeto foi idealizado pela Nitro Histórias Visuais e, nesta etapa, é realizado pelo Centro de Intercâmbio e Referência Cultural (Circ). Ele conta com apoio da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais e do MPMG, com recursos viabilizados por meio da Plataforma Semente, com base em medidas compensatórias.