Foto: Divulgação / MPMG
Na manhã desta quarta-feira (14 de maio), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu uma mulher de 27 anos durante a operação Game Over, realizada em Juiz de Fora. A ação teve como objetivo combater fraudes cometidas por meio de plataformas digitais de compra e venda.
Suspeita enganava vítimas com falsos comprovantes
Segundo a equipe da 7ª Delegacia de Polícia Civil, a mulher anunciava eletrônicos como videogames e notebooks em redes sociais. Durante as negociações, ela enviava comprovantes falsos de Pix e e-mails que imitavam mensagens de plataformas de vendas. Com isso, convencia as vítimas a entregarem os produtos. Em seguida, ela bloqueava o contato e desaparecia.
Polícia encontra produtos e identifica vítimas
Durante a operação, os agentes apreenderam diversos eletrônicos no apartamento da investigada, no bairro Santa Terezinha. Eles recolheram HDs, fones de ouvido, computadores e periféricos gamers. Um dos itens já foi reconhecido por uma vítima que caiu no golpe no dia anterior.
Além disso, a criminosa usava fotos de outra pessoa nos perfis e contratava motoboys por aplicativo para buscar os produtos. Essa tática dificultava sua identificação e protegia seu endereço real.
Vida de luxo nas redes sociais levanta suspeitas
Enquanto aplicava os golpes, a mulher exibia nas redes sociais uma rotina de ostentação. Publicava fotos em viagens, festas e restaurantes caros. No entanto, os policiais não encontraram nenhuma fonte de renda que justificasse esse estilo de vida.
Com base nas provas reunidas, os investigadores autuaram a suspeita por organização criminosa, lavagem de dinheiro, receptação e estelionato em série. Até agora, duas vítimas já foram formalmente identificadas. Contudo, a polícia acredita que o número real de prejudicados seja maior.
Investigações buscam novos envolvidos
A Polícia Civil continua o trabalho para identificar os donos dos produtos apreendidos e descobrir quem os comprou. Caso fique comprovado que os receptadores agiram com dolo ou negligência, eles também poderão responder por receptação. Mesmo quando não houver responsabilização criminal, os bens serão devolvidos às vítimas legítimas.
Por fim, o delegado Samuel Neri da Silva pede que vítimas de golpes semelhantes procurem uma delegacia e registrem ocorrência. Segundo ele, essas informações são essenciais para responsabilizar a criminosa por outros crimes e recuperar os bens perdidos.