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Quatro homens investigados por omissão no homicídio de Sebastião Felipe Ribeiro Ladeira, de 37 anos, foram soltos na quarta-feira (7 de maio). O crime aconteceu em 23 de março, após uma briga em uma casa noturna no Bairro Aeroporto, em Juiz de Fora. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou a informação.
A advogada Camila Viana explicou que a Justiça concedeu habeas corpus parcial a Victor Oliveira Assis Moreira, João Pedro Lopes da Silva Souto, Rafael Jefferson de Souza Venâncio e João Carlos de Oliveira. Apesar da soltura, o grupo precisa seguir medidas cautelares: comparecer periodicamente ao juízo, evitar contato com testemunhas e permanecer na Comarca de Juiz de Fora sem sair sem autorização judicial.
Dois desembargadores votaram a favor do pedido, enquanto o terceiro pediu vista. A decisão final sairá na próxima semana, quando o voto restante for registrado.
Justiça solta suspeitos de omissão no homicídio no Bairro Aeroporto
Os quatro deixaram o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), onde estavam desde 24 de março. A Justiça converteu a prisão em preventiva ainda naquele mês. Eles respondem por homicídio doloso por omissão imprópria, pois tinham a obrigação legal de agir, mas não evitaram o crime.
Outros seis suspeitos continuam presos. Segundo as investigações, eles participaram ativamente das agressões contra a vítima e por isso respondem por homicídio qualificado na forma comissiva.
Caminhoneiro tentou fugir, mas grupo perseguiu e agrediu
Na madrugada de 23 de março, Sebastião se envolveu em uma briga dentro da boate Madeira’s Lounge e feriu um dos presentes com uma garrafa. Amigos da pessoa ferida iniciaram a perseguição. A vítima correu, mas o grupo a alcançou cerca de 500 metros após a saída da casa noturna.
Testemunhas e imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o grupo espancou Sebastião mesmo após ele perder a consciência. Em seguida, um dos envolvidos o atropelou. Ninguém acionou socorro.
A delegada Camilla Miller afirmou que, embora os laudos não indiquem com clareza se a morte ocorreu pelas agressões ou pelo atropelamento, a soma das ações resultou no homicídio. Por isso, a Polícia Civil indiciou os dez investigados por homicídio qualificado consumado.
A corporação concluiu o inquérito em 11 de abril e encaminhou ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O órgão ofereceu denúncia, e o processo segue em andamento na Justiça.
JF – Informa – Notícias de Juiz de Fora e região