Foto: PCMG
Na manhã desta quinta-feira (8 de maio), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou a Operação Iscariotes para combater o tráfico de drogas e o furto de armas em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Durante a ação, os policiais cumpriram oito mandados de prisão preventiva e realizaram 24 buscas na cidade.
O principal investigado, um homem de 30 anos, havia furtado armas e bens de valor de uma delegacia da cidade em outubro de 2024. No entanto, a polícia o localizou e o prendeu na última terça-feira (6 de maio), durante uma operação conjunta no município de São Sebastião, no interior de São Paulo. Além disso, a companheira dele, de 29 anos, também foi presa. As investigações apontam que ela participava ativamente da organização criminosa e do tráfico de drogas.
Enquanto isso, em Juiz de Fora, os policiais prenderam outros seis suspeitos, com idades entre 20 e 34 anos. Todos já estavam com mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça.
Polícia descobre laboratório de drogas no Jóquei Clube
Durante as buscas, os investigadores encontraram um laboratório de refino de drogas no Bairro Jóquei Clube. No local, eles apreenderam porções de maconha, cocaína, crack e galões com substância semelhante ao “loló”. Além disso, recolheram armas de fogo, munições e carregadores de alta capacidade.
O delegado Marcos Vignolo, que acompanhou a operação, destacou o resultado expressivo da ação. “As equipes encontraram drogas prontas para o comércio, materiais para o preparo dos entorpecentes e armamentos ilegais. Ou seja, conseguimos desarticular uma estrutura importante do tráfico”, explicou.
Facção do Rio recebia parte das armas furtadas
As investigações também revelaram que parte do material furtado havia sido repassada para regiões sob domínio de uma facção criminosa do Rio de Janeiro. Esses grupos atuam principalmente nos bairros Jóquei Clube, Parque das Águas e Parque das Torres, em Juiz de Fora. Embora a polícia já tenha recuperado 12 armas em outubro, outros objetos ainda seguem desaparecidos.
O delegado Márcio Rocha, responsável pela coordenação das investigações, garantiu que o trabalho continua. “Nosso foco agora é prender todos os envolvidos e recuperar tudo o que ainda estiver nas mãos do crime. A Polícia Civil vai até o fim para restaurar a legalidade”, afirmou.
Ao todo, mais de cem agentes participaram da operação, que contou com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
JF Informa – Notícias de Juiz de Fora e região