Foto: Thiago Andrade/UFJF
O Conselho Superior (Consu) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) aprovou, na quarta-feira (2 de abril), a proposta orçamentária para o ano de 2025. O plano inclui um orçamento total de R$ 150 milhões, dos quais R$ 8 milhões serão destinados a obras e aquisição de equipamentos. Com essa decisão, o déficit acumulado da instituição aumentará para R$ 12,6 milhões.
Durante a reunião, o pró-reitor de Gestão e Finanças, Elcemir Cunha, apresentou duas possibilidades ao Consu. A alternativa rejeitada previa uma redução no investimento em obras, o que manteria o déficit no valor atual de R$ 11 milhões. No entanto, o conselho optou por manter o planejamento de infraestrutura e ampliar o saldo negativo.
Investimentos e prioridades
Entre as melhorias previstas, a UFJF planeja finalizar o restaurante do Colégio de Aplicação João XXIII, além de realizar pagamentos para a continuidade das obras do Parque Científico e Tecnológico de Juiz de Fora e Região (Partec). Também estão programadas a reforma do Instituto de Ciências Humanas (ICH), a substituição de telhas e telhados em diversos espaços da universidade e a aquisição de motocicletas para a equipe de vigilância do campus.
A instituição ainda deve arcar com aditivos contratuais e reajustes para obras tanto em Juiz de Fora quanto no campus de Governador Valadares.
Impacto do corte no orçamento
Os recursos destinados ao funcionamento da UFJF continuam sob pressão devido a um corte de 4,89% no orçamento de custeio determinado pelo Governo Federal para este ano. De acordo com Elcemir Cunha, esse cenário ocorre em meio a aumentos nos custos de água, energia, contratos terceirizados e repactuação de serviços antigos. Atualmente, 51% dos recursos de custeio da universidade são direcionados a empresas terceirizadas.
Na reunião, o pró-reitor destacou que, apesar do déficit registrado, a instituição conseguiu equilibrar suas contas em 2024, sem perdas no orçamento previsto. No entanto, o cenário de 2025 exigirá planejamento e ajustes para minimizar impactos financeiros e garantir o funcionamento da universidade.