Foto: PJF
A Secretaria de Assistência Social (SAS) de Juiz de Fora realizou, nesta quinta-feira (2 de Abril), uma reunião para debater os desafios e avanços das Casas de Acolhimento de adolescentes. Além disso, o evento serviu para apresentar novas propostas e fortalecer a rede de proteção social.
O encontro contou com a presença de diversas autoridades. Entre elas, o juiz da Vara da Infância e Juventude, Ricardo Rodrigues Lima, a promotora de Justiça Samyra Namen e a psicóloga judicial Ana Paula Rinaldi. O coordenador da Clínica de Direitos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Bruno Stigert, também participou. Além disso, representando a PJF, estiveram presentes a secretária de Educação, Ana Lívia Coimbra, o secretário de Esporte e Lazer, Marcelo Matta, o secretário especial de Direitos Humanos, Biel Rocha, e o comandante da Guarda Municipal, Leandro Barros.
Situação atual das Casas de Acolhimento
Durante a reunião, a secretária de Assistência Social, Malu Salim, e a subsecretária de Proteção Social e Promoção Social, Cristiane Nasser, apresentaram um panorama detalhado das Casas de Acolhimento. Atualmente, Juiz de Fora possui oito unidades. Cinco delas atendem crianças, somando 84 acolhidos. Enquanto isso, três casas recebem adolescentes, totalizando 34 acolhidos. É importante destacar que todas essas unidades são administradas por Organizações da Sociedade Civil (OSC).
Segundo Cristiane, os desafios enfrentados são cada vez mais complexos. “Além de estarem em acolhimento devido à violação de direitos ou abandono, muitos adolescentes precisam de acompanhamento para transtornos de saúde mental. Por isso, trabalhamos continuamente para fortalecer essa rede de proteção e garantir um acolhimento mais adequado”, afirmou.
Novas iniciativas para melhorar o acolhimento
Nos últimos anos, a SAS implementou mudanças significativas. Primeiramente, reduziu o número de acolhidos por unidade para 15, proporcionando um atendimento mais humanizado. Além disso, organizou a separação por faixa etária. Agora, cinco casas acolhem crianças de até 13 anos, enquanto três recebem adolescentes acima de 14. Entre essas, uma atende exclusivamente meninas e outra, meninos.
Além dessas melhorias, a PJF retomou as visitas médicas às casas, em parceria com a Secretaria de Saúde. Paralelamente, a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) e a Funalfa ampliaram as atividades esportivas e culturais para os acolhidos. Da mesma forma, a Secretaria de Educação passou a acompanhar individualmente cada adolescente na escola e a incluí-los em projetos de cultura de paz e prevenção à violência.