Foto: Reprodução/Redes Sociais
No domingo (23 de março), um bicho-preguiça foi avistado atravessando o anel viário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O animal tentava chegar a uma área de mata próxima ao lago do campus. Enquanto se deslocava, pedestres ajudaram a garantir sua segurança, alertando os motoristas sobre sua presença.
A cena chamou a atenção de quem passava pelo local. No entanto, especialistas alertam que esses encontros frequentes indicam um problema ambiental maior. De acordo com Breno Moreira, diretor do Jardim Botânico da UFJF, a expansão urbana e agrícola tem reduzido os corredores ecológicos, dificultando a movimentação dos bichos-preguiças entre fragmentos de floresta. Sem alternativas, esses animais acabam se arriscando em áreas urbanas para buscar alimento e segurança.
Além disso, a falta de conectividade entre os habitats prejudica a reprodução da espécie. Sem acesso fácil a outras áreas de mata, os bichos-preguiças precisam atravessar rodovias e espaços urbanos para encontrar parceiros. Esse deslocamento aumenta os riscos de atropelamentos e outros perigos.
O que fazer ao encontrar um animal silvestre?
Juiz de Fora abriga diversas áreas de floresta, onde esses animais costumam viver. No entanto, quando um animal silvestre aparece em um local inadequado, é essencial acionar os órgãos responsáveis. Dessa forma, o resgate pode ser feito de maneira segura.
Os contatos disponíveis para esse tipo de situação incluem:
- Bombeiros: 193
- Guarda Municipal: 153
- Polícia do Meio Ambiente: 190, 181 ou (32) 3228-9050
- Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS): (32) 3233-1269 ou (32) 3215-7662
Após o resgate, os profissionais encaminham o animal ao CETAS. Lá, ele passa por uma avaliação veterinária. Caso esteja saudável, a equipe realiza a reintrodução em um ambiente adequado. No Jardim Botânico da UFJF, mais de 20 bichos-preguiças já voltaram à natureza dessa forma.