Foto: Divulgação
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A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) investiu mais de R$ 157 milhões em infraestrutura urbana ao longo de 2024. Desse total, R$ 47 milhões foram aplicados na pavimentação asfáltica, representando cerca de 30% do valor destinado às obras. As intervenções incluíram vias importantes, como as ruas Antônio Altaf e Doutor Paulo Japiassu, no Cascatinha, Oscar Vidal e Brasil, na região central, além de ruas do Bairro Santa Terezinha. Essas obras somaram R$ 25,5 milhões, enquanto pequenos serviços de pavimentação chegaram a R$ 21,5 milhões.
Outras obras relevantes incluíram a remodelação da rede de drenagem, a destinação de resíduos sólidos e a nova travessia do Córrego Humaitá, totalizando R$ 16,5 milhões. A construção do viaduto Benjamin Constant e a eliminação de conflitos rodoferroviários custaram R$ 13 milhões. Intervenções em drenagem demandaram R$ 11,4 milhões, enquanto contenções em áreas de risco nos bairros Santa Luzia, Borboleta, São Benedito e Grajaú somaram R$ 11,1 milhões. Já a reforma do Mercado Municipal recebeu R$ 10,7 milhões.
Os dados foram apresentados pela Controladoria-Geral do Município (CGM) em audiência pública na Câmara Municipal, no dia 27 de fevereiro. Durante a prestação de contas, a PJF informou que a arrecadação de 2024 foi de R$ 3,2 bilhões, equivalente a 92% da meta. A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que as despesas correntes não devem ultrapassar 95% da receita, e Juiz de Fora encerrou o ano com um índice de 86%, dentro dos limites prudenciais.
As receitas correntes, essenciais para o funcionamento da cidade, alcançaram R$ 3,1 bilhões, sendo R$ 900 milhões oriundos de impostos e taxas. Contribuições de servidores e iluminação pública geraram R$ 505 milhões, enquanto receitas patrimoniais, como aluguéis e concessões, renderam R$ 87 milhões. Já as transferências da União e do Estado de Minas Gerais totalizaram R$ 1,5 bilhão, ficando abaixo da meta, impactando setores como educação, que registrou um déficit de R$ 22 milhões.
Durante a audiência, vereadores questionaram a projeção da arrecadação e a necessidade de novos empréstimos. O vereador Sargento Mello Casal (PL) alertou para os riscos financeiros, enquanto Maurício Delgado (Rede) sugeriu mais investimentos próprios na saúde e educação.
Dois dias antes, a prefeita Margarida Salomão (PT) encaminhou à Câmara um projeto solicitando um empréstimo de R$ 660 milhões junto ao BNDES. Os recursos serão aplicados na requalificação do centro histórico, nas margens do Rio Paraibuna, em ciclovias, na construção de uma nova estação de tratamento de água e em usinas de resíduos sólidos. O projeto, chamado “Juiz de Fora Sustentável e Inovadora”, tem previsão de conclusão até 2028.
Segundo a PJF, a cidade encerrou 2024 com uma disponibilidade de R$ 546,6 milhões e uma dívida consolidada líquida zerada, o que garantiu a elevação da Capacidade de Pagamento (Capag) do município para nota A, indicando estabilidade financeira.