Foto: Corpo de Bombeiros
O ano de 2024 está se consolidando como o pior da história para a Cemig no que se refere a ocorrências causadas por queimadas, que já impactaram mais de 700 mil clientes em Minas Gerais.
Segundo a Companhia, o número é mais de oito vezes superior ao registrado no mesmo período de 2023, quando cerca de 85 mil unidades consumidoras foram afetadas por 191 incidentes. Somente entre janeiro e agosto de 2024, foram 476 ocorrências envolvendo incêndios que prejudicaram o fornecimento de energia para 702 mil clientes.
A região mais afetada até o momento é a Zona da Mata Mineira, onde o fornecimento foi interrompido para mais de 204 mil clientes em 62 episódios. O crescimento é alarmante: houve um aumento de 1.918% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Um dos maiores desafios enfrentados pela companhia é a dificuldade de acesso aos locais onde as queimadas ocorrem. Muitas vezes, os incêndios atingem áreas de difícil acesso, tornando o transporte de estruturas pesadas, como postes e torres, uma tarefa ainda mais complicada para as equipes de campo. Segundo Matheus Amaral, engenheiro líder da Cemig, a exposição dos equipamentos às queimadas compromete seu funcionamento, podendo causar desligamentos de linhas de transmissão e distribuição, além de subestações. Amaral também alerta para os perigos que as queimadas representam, não só para o sistema elétrico, mas também para hospitais, comércios e escolas que podem ficar sem energia.
A Cemig investe em ações preventivas, como limpeza de faixas de servidão e aplicação de técnicas para mitigar o risco de incêndios. A companhia também utiliza tecnologia de monitoramento via satélite para detectar focos de calor nas proximidades de suas linhas de alta tensão, permitindo uma resposta mais rápida e eficiente. Em 2024, a empresa já destinou R$ 311 milhões para manutenção preventiva em toda a sua área de concessão.
Além disso, a empresa reforça a importância de denunciar queimadas ilegais, que podem ser feitas anonimamente pelo telefone 181.