Foto: Corpo de Bombeiros
Minas Gerais enfrenta um aumento alarmante de incêndios em áreas de vegetação, com um crescimento de 37,5% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados pela Defesa Civil Estadual. Entre as causas apontadas para o aumento dos incêndios estão a estiagem prolongada, a baixa umidade do ar e a ação humana.
Até o momento, 49 pessoas foram presas suspeitas de envolvimento em queimadas, sendo 24 delas apenas no mês de agosto.
Para combater e prevenir essas atividades criminosas, a Polícia Militar de Meio Ambiente e a Defesa Civil Estadual, com apoio da Secretaria de Meio Ambiente, lançaram a segunda fase da operação Verde Minas. “Empregamos cerca de 900 agentes para esta ação, que começou no início de agosto e se estenderá por todo o mês de setembro”, explicou o tenente-coronel Emiliano Lopes, da Polícia Militar de Meio Ambiente. A operação utiliza tecnologia avançada, como drones e satélites, para detectar focos de incêndio no início e permitir uma resposta rápida.
A legislação brasileira classifica como crime ambiental a prática de atear fogo em vegetação, com penas que incluem reclusão, conforme estabelecido no Artigo 41 da Lei de Crimes Ambientais. O número de prisões em 2024 já representa um aumento de 34% em relação ao ano anterior.
Além das ações de repressão, a Defesa Civil Estadual também investe em educação e prevenção. “Estamos realizando campanhas educativas em escolas e comunidades para conscientizar sobre os riscos das queimadas e como evitá-las”, destacou o tenente-coronel Eduardo Lopes, coordenador adjunto do órgão.
Diante da crise, 137 municípios mineiros declararam situação de emergência devido à estiagem. A Defesa Civil tem intensificado os esforços nesses locais, incluindo a distribuição de água potável em caminhões-pipa e a entrega de mais de 7.700 cestas básicas ao longo do ano.
A operação Verde Minas segue em curso, com autoridades alertando para a importância da colaboração da população na denúncia de atividades suspeitas e na conscientização sobre os riscos das queimadas para o meio ambiente e para a saúde pública.
Informações: O Tempo