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Minas Gerais mantém a liderança no triste ranking de estados brasileiros com o maior número de empregadores que submetem trabalhadores a condições análogas à escravidão. Segundo dados atualizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta sexta-feira, o estado recebeu 57 inserções, totalizando 151 nomes na lista, um número alarmante que supera significativamente o segundo colocado, São Paulo, com 78 nomes.

Essa é a maior lista já divulgada, com um acréscimo de 248 nomes desde a última atualização, ocorrida em outubro de 2023. Esses números apontam para uma realidade preocupante, mas também refletem uma fiscalização mais ativa por parte das autoridades. A Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais destacou que, desde o ano anterior, os auditores fiscais têm intensificado suas ações para coibir essa prática desumana, visando tornar o problema mais visível para a sociedade.




No que diz respeito aos resgates de trabalhadores em condições degradantes, Minas Gerais ocupa o segundo lugar, com 651 registros em 2023, ficando atrás apenas de Goiás, com 739 casos. Em terceiro lugar está São Paulo, com 392 registros. No total de ações de combate realizadas, Minas Gerais se destaca com 117 fiscalizações no último ano.

Entre as atividades econômicas com o maior número de empregadores na lista, destacam-se o trabalho doméstico, seguido pelo cultivo de café, criação de bovinos, produção de carvão e construção civil.




É importante ressaltar que a atualização do cadastro é realizada semestralmente, e os nomes dos empregadores são incluídos após a conclusão do processo administrativo, sem possibilidade de recurso. Cada nome permanece publicado por dois anos, após os quais são excluídos automaticamente. Nesta última atualização, foram removidos 50 nomes que já completaram esse período de publicação.

O último balanço divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, referente ao ano de 2023, revelou que 3.190 trabalhadores foram resgatados no Brasil de situações análogas à escravidão. Além disso, 598 estabelecimentos urbanos e rurais foram fiscalizados, e mais de R$12 milhões foram pagos em verbas salariais e rescisórias aos trabalhadores resgatados.